O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) — que mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos — apresentou inflação de 0,93% em dezembro, vindo de 0,56% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) em relatório.
Já o IPC-Br, que mede a variação de preços para famílias com renda de um a 33 salários mínimos mensais, registrou inflação de 0,77% no mês passado, vindo de 0,49% em novembro.
Com esse resultado, o IPC-C1 acumulou alta de 4,60% em 2019, contra 4,11% do indicador geral. Na leitura anterior, a inflação dos menos favorecidos apontava para uma alta de preços acumulada de 3,98% contra 3,61% para os consumidores em geral no mesmo intervalo de tempo.
Nessa apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,60% para 3,08%), Transportes (0,19% para 0,82%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,11% para 0,31%) e Vestuário (0,32% para 0,46%).
Nessas classes de despesa, a FGV destacou o comportamento dos itens: carnes bovinas (7,56% para 16,02%), gasolina (1,11% para 3,45%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,22% para 0,66%) e roupas (0,34% para 0,65%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,70% para -0,96%), Despesas Diversas (2,48% para 1,40%), Educação, Leitura e Recreação (0,59% para 0,10%) e Comunicação (0,14% para 0,02%) apresentaram recuo em suas taxas de variação.
Nessas categorias, os destaques foram: tarifa de eletricidade residencial (2,85% para -5,40%), jogo lotérico (26,16% para 10,21%), passagem aérea (15,08% para -3,82%) e tarifa de telefone residencial (0,17% para -0,17%).
A principal diferença entre o IPC-C1 e o IBC-Br está na ponderação da cesta de produtos e serviços para chegar ao indicador final. Para famílias mais pobres, por exemplo, alimentação costuma ter maior relevância e educação particular, menor, dentro do total de despesas.
A próxima divulgação do IPC-C1 acontecerá no dia 5 de fevereiro.