O início da vacinação de pessoas com comorbidades em SC, há duas semanas, trouxe uma procura maior por comprovantes de saúde. Junto a isso, os municípios que coordenam a vacinação e também órgãos de controle como Ministério Público e Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) reforçam a atenção para evitar possíveis casos de pacientes que apresentem atestados falsos ou com doenças prévias que não possuam para ter acesso à vacina contra Covid-19.
Em Santa Catarina, o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) afirmam que ainda não há registro de tentativas de fraude envolvendo atestados para a liberação da vacina. O MPSC informou que já houve 207 denúncias e há 158 procedimentos de diferentes tipos que investigam possíveis casos de “fura-filas” das vacinas, mas todos envolvem outros tipos de suspeitas sem uso de atestados e são até mesmo anteriores à fase de imunização de pessoas com comorbidades.
Em estados como Amapá e Paraíba, no entanto, a suspeita de possíveis “fura-filas” com comprovantes médicos falsos na fase de vacinação de pessoas com comorbidades já gerou a abertura de investigações.
O CRM-SC informou que até o momento não recebeu denúncias de falta de conduta médica na emissão de atestado falso por algum profissional, mas que caso ocorra, elas serão analisadas pela corregedoria do órgão. O conselho não apura casos em que a suposta fraude tenha partido do paciente.
Mais de 2 mil atestados em uma semana
Segundo o Plano Estadual de Vacinação, Santa Catarina tem 664,7 mil pessoas com essa condição de saúde a serem imunizadas no estágio atual da campanha.
Para ajudar os médicos na demanda extra de emissão de comprovantes por pacientes com doenças prévias que precisam se vacinar, o CRM-SC ofereceu um modelo de atestado no site da entidade que pode ser usado pelos profissionais. Desde o dia 11 de maio, quando a ferramenta entrou no ar, já foram emitidos 2.109 atestados médicos por meio desta opção.
O presidente do CRM-SC, Daniel Knabben Ortellado, avalia positivamente o número de atestados de comorbidades emitidos nesta primeira semana em que o serviço foi disponibilizado aos médicos. Segundo ele, a ferramenta foi bem aceita pelos médicos.
– Recebemos avaliações positivas de muitos profissionais que o modelo facilitou e permitiu aos médicos dar maior autenticidade ao documento emitido – afirmou.
Informação Rádio Vitória/NSC