A Polícia Federal publicou, no Diário Oficial da sexta-feira, dia 15, um concurso com 1,5 mil vagas para agentes de polícia, escrivão, papiloscopista e delegado. A expectativa é de que 500 excedentes sejam convocados.
Esse é o segundo maior concurso promovido pela instituição. Os salários iniciais variam de R$ 12 mil a R$ 23 mil. As inscrições serão feitas no período de 22 de janeiro de 2021 a 9 de fevereiro por meio do site da banca organizadora, o Cebraspe.
A taxa para se candidatar varia de R$ 180 a R$ 250, dependendo do cargo. As provas serão realizadas em todas as capitais em 21 de março.
Conforme o Metrópoles antecipou em entrevista exclusiva com a diretora de Gestão de Pessoal da Polícia Federal, Cecília Franco, não houve novidades com relação a disciplinas neste edital. O conteúdo se manteve o mesmo cobrado na última seleção, aplicada em 2018.
A corporação quer celeridade no processo para que, em agosto, os aprovados já ingressem na academia e o provimento de cargos ocorra até 31 de dezembro de 2021. Ao final do processo, a PF contará com o maior efetivo de sua história, podendo ultrapassar a marca de 12 mil policiais.
Além das provas objetivas e discursivas, a seleção conta com exame de aptidão física, avaliação médica e psicológica, prova oral e prova de digitação para os cargos de delegado e escrivão respectivamente, avaliação de título e investigação social.
Os que passarem por todas as etapas são convocados para o curso de formação, realizado no período de 10 semanas na Academia Nacional de Polícia, em Brasília.
Cotas
Uma das grandes mudanças do novo edital é a possibilidade de o candidato que optar por concorrer por meio de cotas raciais ser aprovado na prova objetiva e discursiva, mas desclassificado na banca, justamente por não atender ao requisito racial. Neste caso, o estudante poderá migrar para as vagas de ampla concorrência.
“Antes, se o candidato não fosse considerado negro, ele era eliminado do concurso, independentemente da nota alcançada na prova. Agora, vai poder mudar de classificação; em muitos casos, acabava sendo uma injustiça, porque a pessoa poderia ser a primeira colocada, mas não conseguia participar das demais etapas”, explicou a delegada Cecília Franco ao Metrópoles.