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Boeing desiste de parceria com a Embraer

Boeing desiste de parceria com a Embraer


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A Boeing informou hoje (25) que desistiu da parceria com a Embraer, anunciada em 2018. O acordo previa a formação de uma joint venture com 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer. Segundo a empresa, a Embraer não cumpriu algumas obrigações contratuais previstas para terminar o negócio.

Ontem (24), era a data limite para realizar a rescisão. Pelo acordo de parceria, a nova empresa seria composta pelo negócio de aviação comercial da Embraer e também para desenvolver novos mercados para o avião cargueiro KC-390, rebatizado de C-390 Millenium.

“A Boeing trabalhou diligentemente nos últimos dois anos para concluir a transação com a Embraer. Há vários meses temos mantido negociações produtivas a respeito de condições do contrato que não foram atendidas, mas em última instância, essas negociações não foram bem-sucedidas. O objetivo de todos nós era resolver as pendências até a data de rescisão inicial, o que não aconteceu”, disse o presidente da Boeing para a parceria com a Embraer, Marc Allen.


A nota diz ainda que as duas empresas irão manter o contrato vigente relativo à comercialização e manutenção conjunta da aeronave militar C-390 Millenium assinado em 2012 e ampliado em 2016.


Embraer diz que Boeing rescindiu indevidamente contrato de parceria

A Embraer disse hoje (25) que a Boeing rescindiu indevidamente o contrato de parceria anunciado em 2018. A empresa divulgou uma nota após a Boeing ter informado que rescindiu o contrato que previa a formação de uma joint venture com 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer. Na nota a Embraer acusa a Boeing de ter fabricado "falsas alegações" para evitar cumprir o fechamento da transação e pagar à Embraer o preço de compra de U$ 4,2 bilhões.

"A empresa acredita que a Boeing adotou um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA [Acordo Global da Operação, na sigla em inglês], devido à falta de vontade em concluir a transação, sua condição financeira, ao 737 MAX e outros problemas comerciais e de reputação", diz a nota.

A Embraer informou ainda que não descumpriu as obrigações contratuais, motivo alegado pela Boeing para rescindir o contrato, e que buscará as medidas cabíveis contra a fabricante americana, "pelos danos sofridos como resultado do cancelamento indevido e da violação do MTA".


“Há vários meses temos mantido negociações produtivas a respeito de condições do contrato que não foram atendidas, mas em última instância, essas negociações não foram bem-sucedidas. O objetivo de todos nós era resolver as pendências até a data de rescisão inicial, o que não aconteceu”, disse o presidente da Boeing para a parceria com a Embraer, Marc Allen em comunicado ao mercado.


Fonte: Agência Brasil