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Sergio Moro diz que não será vice de Bolsonaro em 2022


Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que o seu foco é combater o “crime organizado, o crime violento e a corrupção” e lamentou que a aprovação do pacote anticrime tenha demorado mais tempo que esperava. Ele também comentou sobre a possibilidade de ser vice-presidente em 2022.

– O que temos é um vice-presidente que respeito muito, Hamilton Mourão. Um general consagrado que colocou em risco a carreira em um determinado momento para defender o que ele pensava. Acho que essa discussão não é apropriada no momento – disse o ministro.

Moro também afirmou que o AI-5 não é um tema do governo e que o ministro da Economia, Paulo Guedes, em sua fala, criticou o radicalismo dos movimentos de esquerda. Ele ainda falou mais uma vez sobre o pacote anticrime.

– O projeto tem medidas muito importantes. A execução imediata dos vereditos do tribunal do júri, que tem potencial para trazer mais brevemente justiça para casos de crime de sangue. Acredito piamente que reduzir a impunidade da criminalidade tem efeito na redução de crimes. E a gente está falando aqui de assassinatos. Nós temos também previsão de atuação de policiais disfarçados. Um terceiro ponto é a norma que proíbe a concessão de benefícios prisionais para quem foi condenado por ser membro de organização criminosa e continua com vínculo com a organização. Apesar disso, algumas medidas que achávamos importantes não foram aprovadas. Buscamos convencer a Câmara, mas não foram, e aí, paciência, faz parte do jogo democrático. Só posso ver isso não numa perspectiva de vitória, mas de melhora – afirmou o líder do Ministério da Justiça.

Sergio Moro falou sobre o excludente de ilicitude e afirmou que a mudança na legislação não beneficiaria os policiais nos casos de Paraisópolis, em São Paulo, e de Ágatha Felix, no Rio de Janeiro.


Fonte: Michel Teixeira