Polícia Civil cumpriu mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão nesta sexta, além de realizar bloqueios de ativos financeiros
A Polícia Civil instaurou um inquérito para coletar provas, autoria e circunstâncias de crime de peculato eletrônico, lavagem de dinheiro e associação criminosa, envolvendo lançamentos de repasses para convênios do sistema comercial da Celesc.
As investigações revelaram que um ex-funcionário, responsável pelo controle de pagamentos de convênios, alterava os lançamentos manualmente, para maior. Os pagamentos, que tinham como beneficiária uma empresa investigada, vieram de 136 alterações registradas no período investigado. Tais alterações, corrigidas, somam mais de R$ 17 milhões.
Operação Curto Circuito foi deflagrada na manhã desta sexta-feira em diversos municípios de Santa Catarina, incluindo Florianópolis – Polícia Civil/Divulgação/ND
O ex-funcionário teria praticado os crimes entre os anos de 2009 e 2017. Ele foi afastado do quadro de funcionários do órgão em 2018, após a instalação de um processo administrativo em 2017, que apurou as ações criminosas. Os desvios foram denunciados para a polícia, que iniciou as investigações em 2018.
A Operação Curto Circuito foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (2) e resultou no cumprimento de três mandados de prisões temporárias, 20 mandados de busca e apreensão e bloqueios de ativos financeiros de pessoas naturais e jurídicas investigadas.
Além disso, houve também a apreensão de celulares, computadores, 23 veículos, dentre eles uma Lamborghini, um Camaro e um Land Rover, de 24 imóveis, sendo alguns de alto padrão, e de cinco empresas. Um dos imóveis apreendidos pertence ao ex-funcionário investigado.
Polícia Civil cumpriu três mandados de busca em Itajaí – Polícia Civil/Divulgação/ND
Os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão nas cidades de Itapema, Bombinhas, Itajaí e Curitiba (PR); sete mandados em Balneário Camboriú e São José dos Pinhais (PR); dois mandados em Florianópolis e São José.
De acordo com o diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), Luis Felipe Fuentes, o ex-funcionário foi preso no Norte da Ilha e outras duas pessoas, uma mulher e um homem, que são irmãos, foram presos em Curitiba e em Balneário Camboriú, respectivamente.
Os irmãos são donos de empresas que teriam sido beneficiadas pelos desvios. As prisões são temporárias, mas podem ser prorrogadas para prisões preventivas. Os detidos serão encaminhados à Deic, em São José.
Eles responderão pelos crimes de peculato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Investigações
De acordo com a apuração da polícia, a Celesc estaria firmando contratos denominados convênios de prestação de serviços, os quais consistiriam, basicamente, em cobrar e arrecadar, na fatura de energia elétrica, determinados serviços prestados pelas empresas conveniadas, diretamente dos consumidores de energia.
Sendo assim, a Celesc estaria cobrando e arrecadando, por meio da conta de luz, alguns serviços de empresas que celebram contratos com o órgão e, após apuração mensal, repassaria os valores,
descontando as taxas contratuais.
Em Balneário Camboriú agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão – Polícia Civil/Divulgação/ND
Além da apuração dos crimes de peculato eletrônico e associação criminosa, a investigação, segundo a Polícia Civil, concentrou os esforços no sentido de identificar o caminho do dinheiro desviado e o patrimônio dos investigados.
O intuito, ainda conforme a polícia, é responsabilizá-los pelo crime de lavagem de dinheiro, além de garantir o ressarcimento dos prejudicados no esquema, que, na prática, são os usuários dos serviços da Celesc.
Contraponto
Em nota, a Celesc esclareceu que a investigação policial se deu por uma queixa crime formalizada pela própria instituição à Polícia Civil e ao Ministério Público. A Celesc informou, ainda, que contribuiu com todas as informações requeridas pela investigação.
Confira a nota na íntegra:
Sobre a Operação Curto-Circuito, divulgada hoje (2/08), pela DEIC, a Celesc vem esclarecer que:
– que a investigação é decorrente de queixa crime formalizada pela própria Celesc, junto à Policia Civil e ao Ministério Público;
– que o caso foi constatado em 2017, a partir da apuração de inconsistências nos dados referentes à conta contábil específica de contrato de arrecadação de terceiros;
– que realizou sindicância interna e confirmou a materialidade e a autoria das irregularidades, que resultou em inquérito administrativo e demissão do empregado envolvido por justa causa;
– que a Celesc promoveu as medidas administrativas cabíveis, dentro da sua competência, para ressarcimento de todos os danos decorrentes do processo;
– que foram implementados controles internos adicionais para evitar novas fraudes;
“A Celesc contribuiu com todas as informações requeridas pela Polícia Civil”.
Segundo investigações, Celesc estaria cobrando e arrecadando, por meio da conta de luz, alguns serviços de empresas que celebram contratos com o órgão repassaria os valores, descontando as taxas contratuais- Arquivo/ND
Fonte: ND+
A Polícia Civil instaurou um inquérito para coletar provas, autoria e circunstâncias de crime de peculato eletrônico, lavagem de dinheiro e associação criminosa, envolvendo lançamentos de repasses para convênios do sistema comercial da Celesc.
As investigações revelaram que um ex-funcionário, responsável pelo controle de pagamentos de convênios, alterava os lançamentos manualmente, para maior. Os pagamentos, que tinham como beneficiária uma empresa investigada, vieram de 136 alterações registradas no período investigado. Tais alterações, corrigidas, somam mais de R$ 17 milhões.
Operação Curto Circuito foi deflagrada na manhã desta sexta-feira em diversos municípios de Santa Catarina, incluindo Florianópolis – Polícia Civil/Divulgação/ND
O ex-funcionário teria praticado os crimes entre os anos de 2009 e 2017. Ele foi afastado do quadro de funcionários do órgão em 2018, após a instalação de um processo administrativo em 2017, que apurou as ações criminosas. Os desvios foram denunciados para a polícia, que iniciou as investigações em 2018.
A Operação Curto Circuito foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (2) e resultou no cumprimento de três mandados de prisões temporárias, 20 mandados de busca e apreensão e bloqueios de ativos financeiros de pessoas naturais e jurídicas investigadas.
Além disso, houve também a apreensão de celulares, computadores, 23 veículos, dentre eles uma Lamborghini, um Camaro e um Land Rover, de 24 imóveis, sendo alguns de alto padrão, e de cinco empresas. Um dos imóveis apreendidos pertence ao ex-funcionário investigado.
Polícia Civil cumpriu três mandados de busca em Itajaí – Polícia Civil/Divulgação/ND
Os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão nas cidades de Itapema, Bombinhas, Itajaí e Curitiba (PR); sete mandados em Balneário Camboriú e São José dos Pinhais (PR); dois mandados em Florianópolis e São José.
De acordo com o diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), Luis Felipe Fuentes, o ex-funcionário foi preso no Norte da Ilha e outras duas pessoas, uma mulher e um homem, que são irmãos, foram presos em Curitiba e em Balneário Camboriú, respectivamente.
Os irmãos são donos de empresas que teriam sido beneficiadas pelos desvios. As prisões são temporárias, mas podem ser prorrogadas para prisões preventivas. Os detidos serão encaminhados à Deic, em São José.
Eles responderão pelos crimes de peculato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Investigações
De acordo com a apuração da polícia, a Celesc estaria firmando contratos denominados convênios de prestação de serviços, os quais consistiriam, basicamente, em cobrar e arrecadar, na fatura de energia elétrica, determinados serviços prestados pelas empresas conveniadas, diretamente dos consumidores de energia.
Sendo assim, a Celesc estaria cobrando e arrecadando, por meio da conta de luz, alguns serviços de empresas que celebram contratos com o órgão e, após apuração mensal, repassaria os valores,
descontando as taxas contratuais.
Em Balneário Camboriú agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão – Polícia Civil/Divulgação/ND
Além da apuração dos crimes de peculato eletrônico e associação criminosa, a investigação, segundo a Polícia Civil, concentrou os esforços no sentido de identificar o caminho do dinheiro desviado e o patrimônio dos investigados.
O intuito, ainda conforme a polícia, é responsabilizá-los pelo crime de lavagem de dinheiro, além de garantir o ressarcimento dos prejudicados no esquema, que, na prática, são os usuários dos serviços da Celesc.
Contraponto
Em nota, a Celesc esclareceu que a investigação policial se deu por uma queixa crime formalizada pela própria instituição à Polícia Civil e ao Ministério Público. A Celesc informou, ainda, que contribuiu com todas as informações requeridas pela investigação.
Confira a nota na íntegra:
Sobre a Operação Curto-Circuito, divulgada hoje (2/08), pela DEIC, a Celesc vem esclarecer que:
– que a investigação é decorrente de queixa crime formalizada pela própria Celesc, junto à Policia Civil e ao Ministério Público;
– que o caso foi constatado em 2017, a partir da apuração de inconsistências nos dados referentes à conta contábil específica de contrato de arrecadação de terceiros;
– que realizou sindicância interna e confirmou a materialidade e a autoria das irregularidades, que resultou em inquérito administrativo e demissão do empregado envolvido por justa causa;
– que a Celesc promoveu as medidas administrativas cabíveis, dentro da sua competência, para ressarcimento de todos os danos decorrentes do processo;
– que foram implementados controles internos adicionais para evitar novas fraudes;
“A Celesc contribuiu com todas as informações requeridas pela Polícia Civil”.
Segundo investigações, Celesc estaria cobrando e arrecadando, por meio da conta de luz, alguns serviços de empresas que celebram contratos com o órgão repassaria os valores, descontando as taxas contratuais- Arquivo/ND
Fonte: ND+