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Seis defensivos agrícolas formulados aprovados pelo Mapa terão restrição de uso

Produtos formulados aprovados à base de sulfoxaflor apresentaram estudos laboratoriais de toxicidade aguda e crônica para abelhas adultas e larvas


O Ministério da Agricultura informou que seis novos defensivos agrícolas formulados que tiveram os registros publicados no Diário Oficial da União terão restrições de uso estabelecidas pelo IBAMA. Assim, o ingrediente ativo sulfoxaflor – que controla pragas como pulgão, mosca-branca e pslídeo – só poderá ser usado nas lavouras brasileiras se obedecer a várias restrições. Uma delas é seguir orientações do Ibama para a mitigação de riscos para insetos polinizadores – por exemplo, durante a florada das culturas.

Conforme a nota do Ministério da Agricultura, o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins da Secretaria de Defesa Agropecuária, Carlos Venâncio, comenta que o sulfoxaflor está entre os inseticidas 20% menos tóxicos aprovados, sob o ponto de vista da saúde humana. Entretanto, ele diz que “há um possível impacto sobre insetos polinizadores, por isso a importância da avaliação do IBAMA”.

Assim, de acordo com estudos, os produtos formulados aprovados à base de sulfoxaflor apresentaram estudos laboratoriais de toxicidade aguda e crônica para abelhas adultas e larvas, estudos de resíduos em néctar e pólen em diversas culturas, além de um estudo específico com o objetivo identificar a ação desta substância sobre colônias de abelhas.

O deputado estadual Moacir Sopelsa, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo na Assembleia Legislativa, falou sobre a liberação de registros de novos agroquímicos para a agricultura brasileira. Ele disse que não existe agricultura de área extensiva – soja, milho, trigo, feijão arroz, entre outras, sem agroquímico. Eles são os protetores contra os insetos e doenças nas plantas. O que precisa é usar na dose correta, em tempo correto, de acordo com as recomendações na embalagem e com acompanhamento técnico.

Sopelsa defende a necessidade dos agroquímicos, mas de forma controlada para que não prejudique a saúde da população. “A liberação de defensivos agrícolas, que muitos chamam de agrotóxicos, pelos órgãos de controle como o Ministério da Agricultura, ANVISA e IBAMA, é feita com critérios técnicos e se liberados é porque não existe risco à saúde, desde que sejam observadas as recomendações dos técnicos. Muitos dos defensivos que estão sendo liberados agora já estavam represados os pedidos nos órgãos, mas que já existem em uso no Brasil, mas estavam concentrados em poucos fornecedores multinacionais e agora passam a ser genéricos, contribuindo para reduzir os preços aos agricultores”, concluiu Sopelsa.


Fonte: Jornalismo Rádio Videira/Fecoagro