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"O importante é não ficar se pressionando", diz 1º colocado no vestibular da UFSC

Jordão Luiz Moratelli Junior passou em medicina e teve o melhor desempenho entre os 28 mil inscritos

Estudante deixou a engenharia mecânica para recomeçar em medicina
(Foto: Cristiano Estrela/Diário Catarinense)
Ser médico não era exatamente uma vocação muito clara nos planos do estudante Jordão Luiz Moratelli Junior, 21 anos, até pouco tempo atrás. Ele cursava engenharia mecânica em Florianópolis, mas há um ano deixou ferramentas e máquinas de lado para recomeçar no estudo das doenças e da saúde humana. É que a engenharia não agradou muito, diz o jovem, por isso a decisão de seguir pelo lado oposto.

E não é que o primeiro passo deu certo? Além de ser aprovado em medicina na UFSC nesta quarta-feira, o estudante alcançou a primeira colocação geral entre os 28.042 inscritos do vestibular 2019. O resultado, claro, não foi por acaso: Moratelli assistiu aulas em cursinho e dedicou o ano passado inteiro aos livros, uma receita comum entre os melhores classificados.

Ele garante, no entanto, que a rotina não era de sacrifício.

—Não me pressionei demais durante o ano porque, se não desse, eu voltaria para a engenharia numa boa. Como é muito difícil, não adianta ficar se obrigando a passar. Estudei no meu ritmo, não muito pesado — diz.

A primeira colocação também nunca foi uma meta, diz o futuro calouro de medicina. Pelo contrário. Manter as expectativas sob controle foi determinante para o desempenho nos estudos. 


—O importante é não ficar se pressionando para passar. Tem muita sorte envolvida, não só estudo. E estar preparado para o caso de não passar. Isso ajuda até mesmo na hora de fazer a prova — aconselha.

Medicina concentra melhores posições

Além do primeiro colocado, todos os dez melhores posicionados na classificação geral da UFSC prestaram o vestibular para medicina. Para os organizadores do processo, a predominância do curso não surpreende. 

—É um curso muito mais concorrido que os outros. São mais de 7 mil candidatos. Então, a probabilidade de concentrar alunos melhor preparados, evidentemente, é maior. E o pessoal já sabe que medicina é um curso difícil. Precisa de praticamente 90% de acertos para garantir uma vaga. Naturalmente, eles se preparam muito melhor — analisa o presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve), Olinto José Varela Furtado. 


Segundo levantamento da instituição, três estudantes entre os dez melhores colocados têm origem em escolas públicas.

Fonte: NSC