A turmalina paraíba é considerada uma das pedras preciosas mais valiosas do mundo Centro Gemológico da Bahia/Carol Garcia |
A turmalina paraíba, a mais valiosa de todas as turmalinas, com a cor azul néon vale de US$ 15 a US$ 15 mil por quilate, para gemas de 0,5 a 3 quilates. A verde néon é mais barata, com preços que variam entre US$ 10 a US$ 9 mil por quilate. Como as reservas brasileiras de turmalina paraíba estão esgotadas e as da África estão no fim, esses preços deverão subir, informa o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Os policiais federais cumprem 35 mandados nas cidades paraibanas de Salgadinho, João Pessoa e Monteiro. A operação também ocorre em Natal e Parelhas, no Rio Grande do Norte; em Governador Valadares, em Minas Gerais; e em São Paulo. Desses mandados, oito são de prisão preventiva, 19 são de busca e apreensão e oito de sequestro de bens. Ao menos 130 policiais atuam na Operação Sete Chaves.
Segundo a PF, diversos empresários e um deputado estadual fazem parte da organização criminosa. Eles utilizavam uma rede de empresas off shore para a realização das negociações bilionárias com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
A turmalina paraíba era extraída no distrito de São José da Batalha e enviada para Parelhas, no Rio Grande do Norte. Lá, eram emitidos certificados de licença de exploração para forjar a legalidade de origem da pedra. De Parelhas, as pedras eram enviadas para Governador Valadares e comercializadas em mercados do exterior, como Bangkok, na Tailândia; Hong Kong, na China; e Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
As pessoas investigadas na operação vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.
Fonte: Edwirges Nogueira - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas