A Rota do Milho – trajeto que diminui os custos logísticos para a importação do grão e abastecimento das agroindústrias no Estado – ganhará um novo fôlego com a criação de um Grupo de Trabalho (GT) governamental, anunciado pela governadora Daniela Reinehr durante reunião na tarde desta quinta-feira, 6. Para dar agilidade aos trabalhos, a ideia é buscar também o apoio de parlamentares.
A governadora destacou a sua preocupação com o abastecimento do grão em Santa Catarina, principal consumidor de milho no Brasil. “O milho é um insumo essencial para toda a cadeia produtiva do Oeste catarinense, e seu custo tem se tornado proibitivo. A viabilização da Rota do Milho é essencial para reduzir os custos. O Governo do Estado vai somar esforços para que esse projeto consiga se concretizar. O Grupo de Trabalho é uma junção de forças nesse sentido”, afirma a governadora.
Coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR), o GT contará com a participação da Casa Civil, das secretarias de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) e da Infraestrutura, além das secretarias executivas de Articulação Nacional (SAN) e Assuntos Internacionais (SAI).
O governo catarinense buscará apoio federal para organizar a infraestrutura e os serviços prestados na aduana de Dionísio Cerqueira, porta de entrada do milho vindo do Paraguai. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Ricardo de Gouvêa, os investimentos em logística para melhorar o transporte de milho são fundamentais para manter a competitividade do agronegócio catarinense.
“A Rota do Milho vem sendo discutida há algum tempo no Estado e envolve o Paraguai e a Argentina. Porém, três pontos são fundamentais nesta discussão: temos que levar para avaliação e aprovação do Grupo Especial CT2 o trânsito entre estes três países – Paraguai, Argentina e Brasil. Precisamos ver a organização e a estrutura da Aduana em Dionísio Cerqueira para dar fluxo a mais de 100 caminhões por dia, e por fim, temos que pensar na infraestrutura das estradas, a BR-282 e a BR-163. Estas questões serão tratadas urgentemente com o Governo Federal para viabilizar o abastecimento de grãos em Santa Catarina”, avalia o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ricardo de Gouvêa.
Santa Catarina produz em média três milhões de toneladas de milho por ano e utiliza sete milhões na alimentação de suínos e aves – o consumo diário gira em torno de 18 mil toneladas. Com a implantação da Rota do Milho, o Estado poderá ser abastecido pelo Paraguai, com os caminhões passando pela Argentina e chegando a Santa Catarina pela aduana de Dionísio Cerqueira. O percurso do grão pelo modal rodoviário do Centro-Oeste até Santa Catarina deverá reduzir de aproximadamente 2 mil quilômetros para 350 quilômetros.
Também participaram da reunião os secretários adjuntos da SDE e da Agricultura, José Raulino Esbiteskoski e Ricardo Miotto Ternus, e o executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne), Jorge de Lima.
Fonte: Assessoria de Comunicação