O Instituto Butantan recebe nesta semana 3 mil litros de insumos para retomar a produção da Coronavac, interrompida desde 13 de maio, e entregar 5 milhões de doses do imunizante. A entrega está prevista para quarta-feira (26).
Após a retomada da produção, a expectativa é entregar mais 5 milhões de doses da vacina. A estimativa está abaixo do esperado, já que a previsão inicial era de receber 4 mil litros de insumos para gerar 7 milhões de doses da vacina. A redução foi anunciada pela China no dia 18.
O Butantan e o governador de São Paulo, João Doria, afirmaram que recentes ataques do presidente Jair Bolsonaro à China têm interferido diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos pelos chineses.
Na semana passada, Doria reiterou que o atraso se deve a uma “questão política e diplomática”, mas demonstrou confiança em uma liberação em breve.
Em depoimento à CPI da Covid do Senado nesta terça, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo negou que atritos do governo Bolsonaro com a China tenham atrapalhado na remessa de insumos de vacinas ao Brasil.
Na quinta-feira (20), em reunião com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, com governadores, João Doria pediu ajuda para evitar atrasos na liberação dos insumos e propôs ainda a compra de vacinas chinesas ainda em aprovação pela Anvisa por meio do Fórum dos Governadores, em vez do Ministério da Saúde.
No encontro, o embaixador se comprometeu com a liberação de insumos suficientes para produzir 16,6 milhões de doses não só dá Coronavac, mas também da Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Fonte: ND Online