Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida acolheu Dom Orani, expressando alegria e gratidão por sua presença, afirmando que a Santa Missa deste dia é uma bênção especial, recordando aquele um milhão de pessoas que participaram da solene proclamação e consagração de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.
Ao iniciar a Santa Missa, o Arcebispo do Rio relembrou a chegada da Imagem de Aparecida no Rio de Janeiro no dia 31 de maio de 1931, destacando que aquela foi a primeira vez que ela havia saído de Aparecida. Comentou que 90 anos depois daquele grande dia, não seria possível concentrar tantas pessoas, mas a comemoração acontece com a mesma alegria e disponibilidade. Relacionou a comemoração da proclamação com a festa solene da Santíssima Trindade, sublinhando que essa é uma oportunidade para nos questionarmos, sobre como estamos falando de Deus para o mundo de hoje.
Os devotos presentes na Basílica puderam voltar um pouco no tempo, tendo a chance de reviver a alegria de celebrar a Senhora Aparecida, a mãe protetora e cuidadora de todos os brasileiros. Com certeza um dos momentos mais emocionantes foi a entronização da Imagem, vinda em um carro andor que trazia fotos dos momentos celebrativos no ano de 1931, ao som que recordava o trem que levou a pequenina Imagem até o Rio de Janeiro.
Homilia
Na homilia desta noite festiva, o Cardeal Dom Orani lembrou o encontro da Imagem, em dois pedaços, no Rio Paraíba do Sul, como uma das revelações de Deus para ajudar o povo a se manter no caminho, de acordo com a sua filiação a partir do batismo. Citando o Papa Francisco, em sua fala para os bispos do Brasil no ano de 2013, durante sua visita no Rio de Janeiro, frisou que a vocação da igreja é a unidade, o aconchego, é ser presença de carinho e de esperança em meio a tantas dificuldades.
“Nesse tempo de tantas facções, tantas divisões, tantos ódios, tantas dores, tantas situações que despedaçam as pessoas, despedaçam as famílias, que despedaçam o nosso país, de olharmos para Aparecida, Padroeira do Brasil e vermos como nós também podemos juntar, unir para que em Maria sejamos um povo unido que tem um caminho, uma direção para o bem de todos, vivendo a fraternidade e a paz ... A nossa missão enquanto igreja é unir, fazer com que as coisas quebradas, divididas, estragadas possam estar unidas, e é também com a intercessão de Maria, com o seu manto, possamos abrigar a tantos que sofrem e que passam pela tribulação nesses tempos tão difíceis de tantas dores, para que se sintam abrigados e consolados pela mãe”.
Reitor do Santuário
Na mensagem final da celebração, padre Eduardo Catalfo, reitor do Santuário Nacional, destacou um momento especial da história de Nossa Senhora Aparecida, quando Dom Frei João da Cruz, então bispo da Diocese do Rio de janeiro, em 1743 aprovou o culto a Nossa Senhora Aparecida e autorizou a construção da primeira Igreja no centro da cidade, afirmando que esse, e tantos outros motivos enaltecem a ligação de Aparecida ao Rio de Janeiro. “Sempre gosto de dizer que a Romaria da Arquidiocese do Rio de Janeiro está entre as mais antigas, as maiores, e sem dúvida nenhuma, uma das mais festivas que venha ao Santuário. Nós amamos o povo do Rio de Janeiro e a sua presença mostra a beleza não apenas da proclamação, mais mostra também um pouco da grande fé que o povo carioca, que o povo do Rio de Janeiro devota à Mãe Aparecida”.
Oração da Proclamação do título de Padroeira do Brasil
A celebração da Proclamação do título de Padroeira do Brasil foi encerrada com a oração, feita no dia 31 de maio de 1931, pelo então bispo do Rio, Dom Sebastião Leme. Convidando os devotos a olharem para a imagem de Nossa Senhora, o Cardeal Dom Orani proferiu a consagração rezada há 90 anos.
Reveja esse momento e reze com o Arcebispo do Rio de Janeiro:
Fonte: A12