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Forças Armadas vão ajudar na vacinação no Brasil, diz ministro da Saúde


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado, 3, que as Forças Armadas vão ajudar na ampliação da vacinação contra o coronavírus no Brasil. Queiroga afirmou que conversou sobre o tema com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Defesa, general Braga Netto.

Segundo o ministro, o auxílio dos militares a estados e municípios se daria na “logística de distribuição de vacinas” e “através do corpo técnico da área de saúde (das Forças Armadas)”.

Queiroga afirmou também que o Instituto Butantan e a Fiocruz vão garantir 30 milhões de doses de vacinas para o mês de abril. O país usa os imunizante CoronaVac e a vacina de Oxford. O ministro declarou que a vacinação é a prioridade da pasta no combate à Covid-19 e que tem a meta de seguir vacinando um milhão de pessoas por dia no Brasil.

Queiroga conversou com a imprensa junto com a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, depois de uma reunião virtual com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.

Máscara e distanciamento

O ministro voltou a defender o diálogo com governadores e medidas como o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento para evitar a propagação do vírus. Queiroga, porém, afirmou que tais recomendações não podem ser “impostas” e que a população precisa fazer a sua parte: “Evitar o lockdown é a ordem, mas temos que fazer o dever de casa.” “O dever não é só do governo federal, do estado ou do município. É de cada um dos cidadãos”, acrescentou.

Bolsonaro é contrário à adoção de lockdowns e frequentemente critica gestores estaduais e municipais que decretaram a medida.

Adaptação de fábricas de vacinas veterinárias

Queiroga disse ainda que o ministério trabalha junto com a OMS e as autoridades sanitárias do país em uma análise técnica para verificar a possibilidade de adequação dos parques industriais que produzem vacinas veterinárias para a fabricação de imunizantes em humanos. Segundo o ministro, essa readequação permitiria que o Brasil produzisse doses para consumo interno e também para importação a outros países.

Vacinação do presidente

O presidente Jair Bolsonaro, que tem 66 anos, já está apto a ser vacinado de acordo com o calendário de imunização do Distrito Federal. Em sua última live, na quinta-feira, Bolsonaro afirmou que já contraiu o vírus e que vai esperar “o último brasileiro” ser vacinado para decidir se tomará o antígeno. Já ter contraído o coronavírus não impede que uma pessoa possa ser reinfectada depois de alguns meses. Sobre o assunto, Queiroga afirmou que está é uma “questão pessoal” do governante.



Fonte: VEJA