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Menino distribui mangas após boa colheita em SC: ‘peguem à vontade’


Enquanto ajudava a mãe a juntar as mangas no quintal de casa, Gustavo de Honorato Pelissari, de 12 anos, teve uma excelente ideia. Ao ver que a quantidade de frutas era maior do que a família consumiria, decidiu compartilhar as mangas com quem passava em frente a sua casa, localizada no Centro de São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste de Santa Catarina.

O menino conseguiu duas caixas de madeira no supermercado do bairro e colocou as mangas. Junto, disponibilizou sacolinhas e em uma folha de papel, que se tornou uma placa, escreveu: “Peguem à vontade”. A intenção, segundo Gustavo, é que as pessoas que passam pela rua levem as frutas para casa.

As duas mangueiras foram plantadas pelo avô do menino, há cerca de 30 anos. “Quando chega a época, as mangueiras ficam carregadas e dão mais frutas do que a gente consegue comer. Percebi que poderíamos repartir com as outras pessoas”, relata.

Gustavo conta que a notícia circulou a cidade e muitas pessoas começaram a ligar pedindo se ainda tinha mangas. “Elas passam aqui e pegam e eu fico muito feliz. Desde pequeno meus pais me ensinaram a ser solidário e a repartir as coisas”.

Exemplo que vem de casa

Gustavo é filho único e tem nos pais, Paulo Cesar Pelissari e Rosemeri de Honorato Pelissari, o exemplo de amor ao próximo. A mãe relata que o menino sempre teve esse jeito solidário.

“Quando a gente morava em Jaraguá do Sul eu trabalhava na casa de uma mulher que tinha uma fruteira e, as vezes, ela nos dava algumas frutas. Eu levava para casa e dividia com os vizinhos, então desde criança ele pegou isso como exemplo”, explica a mãe.

Para ela, a atitude do filho é motivo de orgulho e demonstra que a família tem conseguido passar a mensagem sobre a importância da corrente do bem.  “Sempre converso com ele sobre fazer o bem porque isso volta para nós. Deu resultado. Que sirva de exemplo para que todos. A intenção é sempre dividir com o próximo”.

Rosemeri também atribui a simpatia e a humildade de Gustavo com o amor pela música, o qual está em suas raízes, uma vez que seu avó paterno era gaiteiro.

O menino toca gaita desde os seis anos de idade e frequentemente participa de apresentações e festivais de música. Em São Miguel do Oeste venceu os dois últimos festivais na categoria dele. O pai, Paulo, é seu grande apoiador e incentiva o filho a seguir seus sonhos na música. (ND+)