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Maior entidade de caminhoneiros do Brasil descarta greve no dia 1º de fevereiro


Nas últimas semanas, as redes sociais e aplicativos de trocas de mensagens foram inundados com mensagens e publicações alertando para uma suposta greve de caminhoneiros na próxima segunda-feira, 1º de fevereiro, organizada até então por entidades desconhecidas no meio do transporte rodoviário de cargas.

Diante da grande repercussão da possibilidade de paralisação, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), entidade com maior representatividade de caminhoneiros no Brasil e que reúne sete federações e 140 sindicatos, divulgou na última quarta-feira, 20 de janeiro, uma nota oficial descartando qualquer chance de uma nova greve semelhante à de 2018 ou até mesmo maior, conforme especulado.

“A CNTA entende que apesar das dificuldades dos caminhoneiros, este não é o momento ideal para uma paralisação, principalmente, em virtude da delicada realidade que o País está passando. A entidade acredita que o atual cenário é propício para o fortalecimento do trabalho do caminhoneiro e a sua contribuição para o enfrentamento da pandemia”, afirma a entidade.

Em nota, a Confederação também listou os fatores que contribuíram para a posição contrária a uma nova greve de caminhoneiros. Dentre eles destaca-se, a pandemia de Covid-19 (Coronavírus) e os riscos impostos, como por exemplo, aglomerações, interrupção da circulação de mercadorias, produtos farmacêuticos, alimentos e insumos para indústria, comércio e agricultura, além do agravamento da situação econômica do País em um momento delicado.

A entidade também cita o início da safra de soja e o aquecimento das vendas de caminhões novos e usados, como fatores que refletem uma expansão econômica do segmento, refletindo assim um cenário positivo para o transporte rodoviário de cargas e para o transportador autônomo.

No documento a CNTA também lembra o diálogo constante com o governo federal, por meio das iniciativas do Ministério da Infraestrutura. “O transporte rodoviário de cargas tem sido foco de diálogo e projetos constantes pelo Governo. A CNTA foi inserida em diversas discussões que possibilitaram uma abertura de diálogo inédita com apresentação de demandas específicas que beneficiarão o caminhoneiro autônomo”, destaca.

Por fim a CNTA afirma que uma “greve deve ser pautada pelo interesse coletivo da categoria e não por interesses pessoais e políticos de indivíduos com fins de autopromoção”. Além disso, a entidade acredita ainda que “a deflagração de uma greve, especialmente de caminhoneiros, deve ocorrer somente quando esgotadas todas as alternativas plausíveis de discussão e negociação”.



Fonte: Michel Teixeira