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Condenado pela morte de policiais e um dos criadores do PGC é capturado no RS


A Brigada Militar capturou um foragido de alta periculosidade, um ex-policial militar envolvido no assassinato de dois policiais rodoviários federais em abril de 2001, em Joinville. Trata-se do criminoso paranaense conhecido como Dico ou Caveira, de 55 anos, que foi preso no final da tarde da terça-feira no Beco do Paulino, no bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre. Com extensa ficha de antecedentes criminais e 96 anos de condenações, ele foi um dos fundadores da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC) em 2001. Além de estar com a cabeça raspada, o bandido, que já foi sargento da PM de Santa Catarina, tem como característica a tatuagem de um crucifixo no peito e que contorna o pescoço.

Passado

Dico já foi preso diversas vezes. Após fuga de um presídio em Chapecó, em Santa Catarina, em outubro de 2000, ele e um cúmplice estavam em um veículo que foi abordado por um efetivo da PRF na BR 101, em Joinville, em abril de 2001. Houve perseguição até a Estrada dos Suíços, na zona rural do município. Os dois policiais rodoviários federais foram então mortos de joelhos e tiveram até as armas roubadas. Em janeiro de 2002, Dico foi preso pela Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, durnata as investigações sobre o paradeiro. Em 2004, ele foi condenado a mais de 41 anos pela Justiça pela morte dos dois policiais rodoviários federais. Em dezembro de 2001, o criminoso fugiu da Penitenciária Estadual de Florianópolis, onde estava recolhido. Na época, ajudou a criar a facção PGC. Em maio de 2015, o bandido foi detido pela Polícia Civil quando cumpria pena no regime semiaberto em um instituto penal em Gravataí. Na ocasião, ele planejava um ataque com explosivos contra uma empresa metalúrgica em Caxias do Sul. Em outubro de 2016, Dico seria preso pela equipe do delegado João Paulo de Abreu, da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, em Sapucaia do Sul. Ele foi acusado de comandar uma quadrilha especializada em extorsão mediante sequestros e até roubo a joalherias, sendo indiciado. Na época encontrava-se em prisão domiciliar. Em agosto de 2020, Dico recebeu progressão para o regime semiaberto. No final de dezembro passado, ele foi considerado novamente foragido. (Correio do Povo)