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Presença de gafanhotos é monitorada em 22 municípios gaúchos


Um relatório divulgado pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural aponta que o monitoramento do surto de gafanhotos está sendo realizado em 22 municípios do Noroeste do RS. Os técnicos da pasta delimitaram um raio de 30 quilômetros entre o ponto onde ocorreu o primeiro relato de observação dos insetos até o mais recente. A análise dos técnicos também indica que há uma incidência maior dos gafanhotos nas áreas de mata nativa.

Até agora, são acompanhadas as cidades de Bom Progresso, Campo Novo, Chiapeta, Coronel Bicaco, Santo Augusto, São Valério do Sul, Redentora, Braga, Nova Ramada, São Martinho, Alegria, Boa Vista do Buricá, Catuípe, Humaitá, Ijuí, Independência, Inhacorá, Nova Candelária, Palmeira das Missões, São José do Inhacorá, Sede Nova e Três de Maio. Nos 10 primeiros, a secretaria já realizou levantamentos quanto à presença dos gafanhotos.

O município de São Valério do Sul é o que registra o maior número de incidências de gafanhotos – foram 13 pontos até agora. Na sequência estão Santo Augusto, com sete, e Bom Progresso, com cinco.

Quanto aos locais em que os animais foram encontrados, o relatório aponta que a incidência em áreas agrícolas é de 52,27% do total vistoriado nessas propriedades contra 93,48% nos pontos de mata nativa verificados. O documento ressalta que nos pontos com incidência em áreas agrícolas há ocorrência de gafanhotos principalmente nas extremidades, junto à vegetação nativa. Nessas áreas relatou-se a presença dos insetos, mas não foi observado dano expressivo.

A secretaria destaca, por fim, que a chuva dos últimos dias reduziu a mobilidade dos insetos. Foram identificadas duas espécies de gafanhotos na região noroeste: a Zoniopoda iheringi e ninfas de Chromacris speciosa. Ambas pertencem à mesma família, a Romaleidae, que não tem hábitos migratórios. Os insetos são diferentes da espécie migratória sul-americana  (Schistocerca cancellata), que formou grandes nuvens na Argentina em junho e levou o Estado à condição de emergência fitossanitária. (Gaucha ZH)