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Onze médicos são suspeitos de registrar ponto e deixar hospital sem cumprir jornada integral em SC


Onze médicos, que atuam Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville (SC). são suspeitos de registrar as digitais e saírem do local de trabalho sem cumprir a jornada integral. A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) cumpriram 11 mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (15).

Conforme o inquérito policial, os profissionais voltavam apenas no final do expediente para marcar a saída. A ação é da Divisão de Investigação Criminal (DIC). O inquérito aponta que as investigações iniciaram em setembro deste ano e passaram a apurar as denúncias.

De acordo com a Polícia Civil, os médicos teriam burlado o controle de frequência a que estão submetidos, e nao cumpriam a carga horária mensal de trabalho. Conforme a DIC e o GAECO, que atuaram integrados nas investigações, foram 45 dias de monitoramento dos policiais no cotidiano profissional desses médicos.

Segundo as investigações, os servidores – médicos de variadas especialidades – registravam a entrada no hospital, via ponto biométrico, mas logo depois deixavam o local sem constar a saída. Eles seguiam para a realização de inúmeras atividades particulares, dentre atendimentos em clínicas privadas, compras no comércio e atividades esportivas, e retornavam ao trabalho apenas para inserir digitalmente a saída.

Segundo verificado nos vínculos funcionais dos suspeitos com o Estado, todos são servidores concursados e recebem entre R$ 9 mil e R$ 20 mil mensais por uma jornada de 80 horas/mês.

Foi apurado ainda, que através da fraude investigada, alguns servidores receberam, inclusive, horas extras e adicional noturno. Os investigados responderão pelo crime de falsidade ideológica (art. 299 do CP). Além disso, poderão também ser responsabilizados civilmente.



Fonte: Michel Teixeira