Produtores dos setores agrícola e da pecuária têm relatado prejuízos com a circulação de javalis no território catarinense. De acordo com especialistas, o animal traz perdas econômicas, com a depredação de lavouras, e pode trazer risco sanitário, com a transmissão de várias doenças.
Em Água Doce, o javali já é uma das principais pragas no setor agropecuário há diversos anos. Em 2020, no entanto, o número destes animais assusta os produtores. Os principais problemas neste ano em função da presença de javalis estão nas regiões da Serra e do Oeste. O alerta é da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), com base em relatos do setor agrícola.
Além dos javalis serem predadores de diversas espécies de animais nativos do nosso Estado, eles destroem a flora e prejudicam o meio ambiente em seus cursos naturais d'água. São potenciais transmissores de diversas doenças tanto aos seres humanos, quanto aos animais, trazendo riscos sanitários aos rebanhos pecuários.
Entre as doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos, destacam-se cisiticercose, hepatite E, salmoneloses e toxoplasmose.
As regiões mais castigadas são as que ficam próximas dos Parques Nacionais de São Joaquim e das Araucárias (Ponte Serrada e Passos Maia), Estaçao Ecologica da Mata Preta (Abelardo Luz), e os municípios de Água Doce e Campo Belo do Sul.
O javali europeu é considerado pela União Internacional de Conservação da Natureza umas das 100 piores pragas. As ações de controle no Brasil são normatizadas pelo Ibama. É o órgão que autoriza, por meio de habilitação prévia, a perseguição, o abate, a captura e marcação de espécimes seguidas de soltura para rastreamento.
Fonte: Minha Água Doce