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Equipamento desenvolvido com apoio da Fapesc ajuda a diagnosticar doença em gado leiteiro


Um dos maiores desafios para os produtores de leite em Santa Catarina é a detecção precoce e o controle da mastite no gado, doença que compromete a saúde dos animais e a produtividade. Para reduzir esses danos, uma empresa de Videira está desenvolvendo um dispositivo que pode ser inserido nas ordenhadeiras, o que vai permitir o diagnóstico na fase inicial da enfermidade. A solução faz parte do Programa Nascer, realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) em parceria com o Sebrae.

O controle de qualidade leiteira criado pela empresa Cowlity emite um alerta sobre a inflamação mesmo antes de qualquer sintoma, o que evita prejuízos. Além disso, é mais prático do que um equipamento de bancada usado atualmente para detectar a doença por permitir testes diários durante a ordenha. O produto passará por validação e deve entrar no mercado até o fim de 2021.

A mastite é uma inflamação de diversas causas, a mais comum sendo por bactéria, comprometendo a saúde do animal e a qualidade do leite. Em estágio avançado, os sintomas são visíveis. Porém, há muitos casos em que não há nenhum sinal, apenas a queda na produção, tornando difícil o diagnóstico.Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o impacto da doença na agroindústria catarinense representa a perda de 5,6 a 8,8 milhões de litros de leite por ano.

Esses números levaram o médico veterinário Maurício Mezaroba e os colegas Maribel Gaio, Tasiana Rodrigues e Pedro Cachinski a desenvolverem uma solução e se inscreverem no Programa Nascer. “O programa, além de refinar e melhorar nossa ideia para o mercado, vem nos fornecendo orientação, acompanhamento, suporte e capacitação”, destaca Maurício.

Segundo o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, o objetivo do Programa Nascer é justamente capacitar negócios que estão na fase embrionária e dar apoio para organizar e fortalecer as ideias. “Assim, quando surgirem oportunidades de mercado ou mesmo de fomento, estes empreendedores estarão preparados. Este é o momento de aprender, testar e seguir empreendendo”, explica.

O professor Luiz Salomão Ribas Gomez, criador da ferramenta TXM usada no Nascer e idealizador dos espaços de pré-incubação Cocreation Lab, defende a variedade de soluções desenvolvidas no programa. “Startups não se limitam à criação de soluções voltadas para a vida urbana, e o agronegócio é um ‘campo fértil’ para a inovação e o desenvolvimento de novos empreendimentos”, destaca.


Desenvolvimento de novas ideias

O Programa Nascer já ajudou a transformar 150 ideias em empresas. Agora, está selecionando os participantes para a segunda edição. Os aprovados receberão gratuitamente todo suporte para que possam transformar um plano em um negócio viável, gerando emprego e renda.

A lista dos selecionados para entrevista será divulgada nesta terça-feira, 11, no site da Fapesc. Já a conversa com os candidatos será feita entre os dias 12 e 19 de agosto.

As entrevistas fazem parte da última fase de avaliação. O resultado preliminar dos aprovados será publicado em 24 de agosto e o final, em 11 de setembro.

Serão selecionadas 150 ideias, divididas em 15 cidades: Blumenau, Brusque, Caçador, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joaçaba, Jaraguá do Sul, Itajaí, Joinville, Lages, Rio do Sul, São Bento do Sul, Tubarão, Videira.

Por causa da pandemia, todas as atividades do Programa Nascer são realizadas remotamente por ferramenta. Para mais informações, acesse www.fapesc.sc.gov.br.





Fonte: Fapesc