Um bebê indígena recém-nascido morreu de Covid-19 em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, na segunda-feira (3). De acordo com informações do Município, o bebê é um natimorto (nascido sem vida) e foi testado porque o exame da mãe, de 20 anos, já havia dado positivo para coronavírus. Este é o segundo óbito por Covid-19 registrado na cidade.
De acordo com a prefeitura, a mãe, que pertence ao povo Laklãnõ-Xokleng e vive na comunidade Palmeira, procurou atendimento médico na segunda-feira no Hospital Waldomiro Colautti, em Ibirama. Foi constatado que ela tinha um deslocamento de placenta, então ela ficou internada e o parto ocorreu no mesmo dia. O bebê, porém, já nasceu sem vida.
A mãe seguiu internada e foi transferida nesta quarta-feira (5) para o Hospital Oase, em Timbó, que é referência no atendimento da Covid-19 no Médio Vale do Itajaí. Ela está em situação estável, sem auxílio de respiração artificial. Este é o primeiro caso de transmissão gestacional registrado na cidade.
Indígenas em situação delicada
Outa gestante indígena da mesma comunidade teve resultado positivo no exame para Covid-19 e está sendo monitorada.
A situação da comunidade indígena de José Boiteux em relação ao cornavírus é delicada. A equipe da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) da cidade, que normalmente conta com 15 pessoas, está atuando apenas com quatro enfermeiros e três técnicos. Eles atendem cerca de 2.800 indígenas que vivem na terra indígena Laklãnõ-Xokleng.
Os outros funcionários estão afastados por serem de grupos de risco ou estarem em quarentena por conta do coronavírus.
Ainda segundo o município, o registro dos resultados dos testes de Covid-19 estava represado pela da falta de mão de obra. Os registros começaram a ser feitos nesta quarta-feira (5) e mostraram um aumento de casos na cidade.
De acordo com o último boletim divulgado, José Boiteux tem 89 casos confirmados. No boletim anterior, da terça-feira (4), eram 33 positivados. A prefeitura vai iniciar a divulgação de boletins diários e intensificar o monitoramento das comunidades indígenas da região.
Com informações ND Online