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Quilo do suíno atinge valores históricos e setor comemora


Mesmo em meio a uma forte crise causada pela pandemia do novo coronavírus, os setores ligados ao agro têm motivos para comemorar. A suinocultura, por exemplo, vive dias de alta nos preços pagos aos produtores de suíno, tanto no mercado integrado quanto no independente. A última semana foi de aumento no preço do quilo pago nas duas situações.

A Bolsa de Suínos de Santa Catarina foi fechada, na última quinta-feira (16/07) a R$ 6,08 – uma alta de R$ 0,93 em relação ao valor da semana anterior. Conforme a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), essa é a primeira vez na história que o preço pago pelo quilo do suíno vivo ultrapassa os R$ 6 no mercado independente de Santa Catarina.

Já no mercado integrado, a notícia também é positiva. Esses produtores, que já vinham de altas no preço desde o ano passado, viram em 2020 uma estabilidade e um ensaio de queda no valor pago. No entanto, nos últimos dias, a Cooper Central Aurora confirmou dois aumentos. Na semana passada, indo a R$ 4,30, e nesta segunda, mais dez centavos, chegado a R$ 4,40, um recorde histórico.

Conforme o presidente da entidade, Losivânio de Lorenzi, este é um bom indicativo de que o setor permanece em uma boa fase. Os resultados obtidos pela suinocultura e agricultura de forma em geral, em meio a uma pandemia, mostra que este setor ainda se mantém forte no país, com poucos impactos diante do cenário vivido, conforme o presidente.

“O Agronegócio não parou. A gente viu que tem alguns serviços essenciais para manter a ordem no país. Como a questão da medicina e, no agronegócio, são as cooperativas, a produção rural. Todo dia tá nascendo animal na propriedade, todo dia tem que estar carregando. Então o agro se cuidou muito, desde os frigoríficos, mesmo tendo alguns problemas pontuais. E também os produtores que todo os dias recebem alguma coisa na propriedade, ou te mque entregar. Então o agro mostrou, mais uma vez, que é o grande sustentáculo desse país”.

O presidente também elencou alguma motivos que justificam as frequentes altas, atingidos valores nunca antes vistos no país. Entre eles, está o aumento da demanda de mercados externos e o retorno gradual das atividades, como restaurantes, que consomem o produto.

“Primeiro é o grande número de exportações que estamos fazendo. Esse mês está projeto bater recorde histórico, passando de 90 mil toneladas. E também, a gente ve que o país, aos poucos, está voltando à normalidade, e isso faz que aumente o consumo da proteína animal. E também tivemos umas crises no passado, e o pessoal manteve estabilidade do plantel. Quando estávamos pagando muito caro para trabalhar, houve uma oferta maior, vendendo animais leves, e no momento está faltando no mercado”.

A suinocultura vive um bom momento na avaliação da ACCS. O mercado é promissor não só em Santa Catarina como em outros estados produtores. No primeiro semestre do ano, o estado exportou 243,8 mil toneladas de carne suína, com faturamento de mais de US$ 545,8 milhões. Esses são os maiores valores já registrados por Santa Catarina desde o início da série histórica, em 1997.





Fonte: Rádio Rural