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Otimismo marcou recuperação de paciente de Caçador que venceu o coronavírus

Elisabete Orsi dos Santos, 67 anos, fez um relato de como conseguiu superar a Covid-19


Passando uma temporada em Florianópolis, Elisabete Orsi dos Santos, 67 anos, tragicamente contraiu o novo coronavírus. Depois do diagnóstico, a luta foi incansável. O otimismo e a fé, marcaram o período de recuperação.

Para saber os detalhes desta história, a jornalista Andrielli Zambonin conversou com Elisabete, que contou os detalhes de como foram os dias de superação a doença Covid-19.


Leia o relato na íntegra: 

Olá! Eu sou a Elisabete Orsi dos Santos, tenho 67 anos, casada, mãe de três filhos, empresária e moradora de Caçador/SC. 

Eu estava passando uma temporada em Florianópolis, quando na noite do dia 30 de março, eu senti que estava com febre. Minha filha mais nova mediu a temperatura e percebemos que estava alta, quase 39 graus. Na manhã do dia seguinte buscamos atendimento médico, realizei vários exames, incluindo tomografia; e ao final da consulta não cogitaram a possibilidade de ser o coronavírus. Fui encaminhada para casa, com a prescrição de um antibiótico e antitérmico.

As horas passavam e mesmo com o uso da medicação prescrita a febre não baixava. A febre era alta e persistente. Eu tinha muito cansaço e falta de apetite.

Um dia depois, minha filha resolveu que retornaríamos ao hospital. As queixas eram as mesmas: a febre alta e persistente, o cansaço extremo e a falta de apetite. Neste dia, 02 de abril, decidiram pela minha internação. Inicialmente, por precaução, devido à febre e à idade.

Mas na noite do dia da internação a febre aumentou ainda mais, tendo picos de até 42 graus. A respiração foi ficando pesada, já não conseguia sequer levantar da cama, qualquer esforço me derrubava. Foi feito o exame para detecção ou não do Covid19, o resultado demoraria aproximadamente 5 dias para sair.

No final do dia da sexta-feira, a febre foi controlada, a temperatura estabilizou; mas a respiração piorava. Eu dizia para mim mesma e para a equipe que me acompanhava: EU NÃO VOU ME ENTREGAR.

Me concentrei na respiração e fiz o melhor que pude, respirava e respirava profundamente. Mas no sábado a noite, dia 04 de abril, meus esforços não foram mais suficientes; fui encaminhada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Na mesma noite fui entubada!

Permaneci na UTI por 13 dias, sendo que em 11 eu estava entubada; absolutamente sedada. Durante estes dias, minha família recebia o boletim médico uma vez por dia. Do dia 02 até o dia 06 meu quadro só piorava. No dia 07 eu estabilizei e a partir daí passei a ter discretas melhoras; dia a dia eu melhorava um pouquinho. No dia 15 de abril eu abri os olhos e fui extubada. No dia 17 voltei para o quarto e no dia 21 de abril eu tive alta.

Foi na UTI que recebi a notícia de que eu havia testado positivo para o Coronavírus. Demorei pra acreditar, ainda custo a crer; parece mentira.

Durante o isolamento eu estava na casa de familiares e por vezes fui ao supermercado. Ninguém que esteve comigo apresentou até agora qualquer sintoma. A minha filha que me acompanhava, realizou o exame específico e testou negativo. Difícil explicar e acreditar; mas aconteceu! Por isso necessário tomarmos todo cuidado que estiver ao nosso alcance.

Foram dias difíceis; mas também foram dias de superação, coragem e fé! Dias que ficarão na memória e no coração. Foram muitas demonstrações de amor, carinho e amizade. Familiares, amigos e até desconhecidos prestaram auxílio por meio do amparo aos meus filhos, rezaram e torceram por mim. Muito otimismo, muito pensamento positivo e muitas orações!

Deus é grande e poderoso. Deus pode tudo.

Eu vivi o Coronavírus e VENCI! Graças a Deus, aos médicos, enfermeiros, técnicos …  a muitos profissionais dedicados e competentes eu pude retornar para o meu lar, para a minha família!

Minha eterna gratidão a todos que de alguma forma participaram desse período.


Fonte: Jornalismo Rádio Caçanjurê


Foto: Divulgação