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Guedes colocará R$ 600 bi na economia, diz Abilio Diniz

Medida terá por objetivo conter os impactos da pandemia do novo coronavírus

Empresário Abílio Diniz Foto: Reprodução

O empresário Abilio Diniz, da Península Participações, disse nesta quarta-feira (25) que o ministro Paulo Guedes (Economia) vai colocar mais de R$ 600 bilhões em circulação na economia brasileira para conter os impactos da pandemia do novo coronavírus.

– É muito próximo da economia que fizemos com a reforma da Previdência. Ele me autorizou a falar isso. As pessoas têm que sentir que não estão desamparadas. A coisa mais importante é a geração e a manutenção do emprego – disse ele durante reunião virtual promovida pela XP.

A economia projetada com a reforma da Previdência, aprovada em outubro do ano passado, é de R$ 630 bilhões em dez anos, segundo cálculo feito pelo IFI.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defende gastos de cerca de R$ 400 bilhões. Até o momento, o governo mobilizou quase R$ 500 bilhões, mas parte desse montante é de adiamento de pagamentos ou antecipação de transferência de renda.

Abilio afirmou que o montante será injetado na economia com um conjunto de medidas.

– Serão usados bancos públicos e privados. Vai ter uma retomada. Quem sabe vamos sair mais fortes? Eu tenho espiritualidade muito forte e neste momento peço a Deus que nos ajude. Principalmente as pessoas que estão numa situação mais difícil – afirmou.

Também participaram do encontro Pedro Bartelle, da Vulcabras Azaleia, e Sammy Birmarcker, Profarma.

Diniz ainda disse que vai ter retomada, dinheiro e emprego.

– O Brasil tem que voltar a crescer. Só precisa de uma solidariedade em todos os poderes. Mas tem gente consciente que vai fazer o que tem que fazer. O Guedes vai botar dinheiro – disse o empresário.

Sammy Birmarcker, da Profarma, que é distribuidora de produtos farmacêuticos, diz viver numa ilha de tranquilidade no momento.

– Mas estamos preocupados com demissão em massa em outros setores – ressaltou.

Ele diz que perde o sono pensando nisso.

– Tenho visto a Anvisa e o Ministério da Saúde extremamente ágeis. Gostaria muito de ver o governo soltar algo mais contundente para segurar as demissões. A gente precisa atacar isso de maneira frontal para evitar o pior. O que me angustia hoje é não ter definição de prazo e uma ação contundente de segurar os empregos – afirmou.

Pedro Bartelle, da Vulcabras Azaleia, concorda que a principal discussão tem que ser a manutenção do emprego.

– Todas as medidas tem que vir para preservar empregos (…) Queria deixar uma sugestão, pode ser um pouco precipitada, mas eu puxo um pouco de brasa para minha sardinha. É um momento dos brasileiros olharem para as empresas que mais investem no Brasil, dar mais importância e privilégio para o produto nacional – afirmou.



*Folhapress