A Prevent Senior anunciou nesta sexta (20) que iniciou um protocolo de pesquisa com o medicamento para malária hidroxicloroquina em alguns pacientes com diagnóstico comprovado da Covid 19. O Hospital Albert Einstein também deve realizar testes com a substância.
Nesta semana, a divulgação de um estudo preliminar sobre o uso do medicamento no combate do coronavírus fez sumir o produtos das farmácias. No momento, ainda não há comprovação da eficácia e segurança do remédio no combate ao coronavírus.
Rafael Sousa, médico diretor da Prevent Senior, e por Cláudia Lopes, gerente médica, afirmaram que a empresa comprou uma “quantidade suficiente para tratar todos os pacientes que precisarem”.
– Mas eu reforço pra toda a população que essas medicações não têm evidência nenhuma que funcione de maneira preventiva. A gente pede que as pessoas não vão à farmácia para comprar essa medicação sem prescrição médica – diz Claudia.
Ela afirma que o protocolo é experimental e só será feito em pacientes internados em estado crítico e cujos familiares derem o consentimento para o uso.
Segundo a assessoria de imprensa da Prevent, o projeto de pesquisa foi protocolado na Plataforma Brasil. O Hospital Israelita Albert Einstein também prepara um protocolo de pesquisa para testar a droga e outras com potencial de tratar o coronavírus.
– Sempre seguindo os preceitos da boa prática cientifica. A gente faz o desenho do protocolo, que é avaliado por um painel de especialistas para ter a certeza de que os números estão corretos e submete à Plataforma Brasil para ser julgado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – diz o médico e pesquisador Luiz Vicente Rizzo.
Segundo ele, enquanto não for feita a pesquisa e obter os resultados não dá para saber se ele funciona ou não.
– Há alguns estudos mostrando que parece haver benefício importante para as pessoas com Covid-19 em respiração artificial. Mas está cedo, são poucos números – aponta.
*Folhapress/Cláudia Collucci