Um programa do governo vai permitir que consumidores paguem menos pela energia elétrica. Mas só é vantajoso para quem souber usar a energia na hora certa.
Muita gente ainda não sabe como funciona a novidade.
“Ouvir falar, eu já ouvi. Agora, o que falta muito é informação. Como funciona, como deve funcionar, quais os benefícios, quais os contras", diz um morador de Brasília.
A tarifa branca foi criada para incentivar a redução do consumo de energia nos horários de grande demanda. Com ela, quem adotar o hábito de consumir fora dos chamados horários de pico vai pagar menos pela energia.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diz que com essa modalidade de tarifa é possível reduzir a conta de luz em até 20%.
O programa existe desde 2018. Inicialmente, para quem consome mais de 500kwh/mês. No início do ano passado, foi estendido para quem consome mais de 200kwh. Nessa nova fase, todos podem aderir. De acordo com a Aneel, mais de 40 milhões de casas e comércios estão aptos a participar.
Consumidores de baixa renda não podem participar do programa porque têm a energia subsidiada, e não teriam vantagem com a mudança.
Quem tiver interesse precisa pedir à companhia de energia elétrica a troca do medidor de energia da casa. Para conseguir reduzir a conta de luz é preciso evitar o consumo no horário de maior demanda, que, em geral, vai das 17h30 às 21h30.
Nesse horário, o ideal é não usar os grandes vilões do consumo em casa, como ar-condicionado, chuveiro elétrico, máquina de lavar e ferro de passar roupa.
Mas atenção: quem aderir à tarifa branca e concentrar o consumo de energia dentro do horário de pico, vai pagar mais caro, pois o custo é mais alto que o da tarifa convencional.
A Aneel recomenda que o consumidor pese bem se a tarifa branca é vantagem para ele.
“Aquele consumidor que conseguir mudar o seu hábito de consumo e deslocar o seu consumo para as demais horas do dia terá de fato economia. Agora, caso o consumidor não tenha essa flexibilidade, é mais interessante ele não fazer o uso da tarifa branca, ficar na tarifa convencional, porque ele corre o risco de pagar mais caro”, disse André Pepitone, diretor-geral da Aneel.
Quem fizer a adesão e não perceber vantagem pode pedir para voltar ao sistema convencional.
Fonte: JN
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