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Brasileira de 26 anos: “Fui curada do câncer por intercessão de N. Sra. Aparecida”

A trajetória repleta de provações incluiu a quase perda de visão, uma luta na justiça e dezenas de sessões de quimioterapia e radioterapia - sem jamais perder a fé


agência católica de informação ACI Digital publicou hoje o impactante relato da jovem Sara Conceição Santiago Ferreira, de 26 anos, residente em Santo Antônio de Pádua (RJ): ela enfrentou o câncer em duas ocasiões e hoje testemunha que, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, está curada.
No relato que enviou à ACI Digital, Sara afirma:
“Posso testemunhar que sou um milagre de Deus por meio da poderosa intercessão de Nossa Senhora Aparecida. Desde o meu nascimento, Ela cuida de mim e é presente em minha vida. Digo isso pois nasci no dia 8 de dezembro, no dia em que comemoramos a Sua Imaculada Conceição. Muitas foram as maravilhas que o Senhor realizou em minha vida, através da poderosa intercessão de Nossa Senhora. E junto com Ela, eu posso dizer: ‘O Senhor fez em mim maravilhas e Santo é o seu nome!’”.

A primeira batalha contra o câncer

De acordo com a reportagem, Sara foi diagnosticada em 2011 com linfoma de Hodgkin, um câncer no sistema linfático. Ela tinha 18 anos e, junto com a família, ficou bastante assustada.
“Mas, como uma família católica, entregamos tudo nas mãos de Deus e de Nossa Senhora. E fomos para a batalha com as armaduras da fé, da confiança e da oração”.
Foram 12 sessões de quimioterapia e 21 de radioterapia.
“Ao término de todo o tratamento, os resultados dos exames constataram a ausência da doença, ou seja, o câncer havia sido vencido com a graça de Deus e poderosa intercessão de Nossa Senhora”.

Um revés e uma grande provação

Em março de 2014, porém, uma surpresa desafiadora:
“O linfoma havia voltado e desta vez mais agressivo. A solução seria um tratamento quimioterápico mais intensivo, juntamente com a realização de um Transplante Autólogo de Medula Óssea”.
Foram mais 35 sessões de quimioterapia que deixaram Sara muito fraca. O medicamento para o transplante, além do mais, estava em falta e não havia previsão para que a cirurgia acontecesse. Foi preciso recorrer à justiça, adicionando à guerra de Sara pela vida mais uma batalha repleta de sombras, incertezas e angústias.

A cruz da espera e o risco de perder a visão

A espera convivia com novas sessões de quimioterapia. Para agravar o quadro, a imunidade da jovem estava gravemente baixa.
“Minha visão do lado esquerdo estava completamente embaçada e eu não enxergava nada. Assustada, chamei minha mãe, que, no mesmo instante, entrou em contato com uma oftalmologista. Tivemos o diagnóstico de uma trombose na visão, causada pelas inúmeras sessões de quimioterapia. Corria o risco de perda total da visão”.

De novo, o inesperado

No mesmo dia, porém, mais uma reviravolta – desta vez, repleta de esperança:
“Ao chegar em casa, tive uma grande surpresa: recebi direto do Vaticano uma bênção especial do Papa Francisco. Estávamos nos dias da novena da Mãe Aparecida e pude sentir que eram as mãos de Nossa Senhora sobre mim. Durante a novena, pedimos muito a sua intercessão para que, assim como Ela curou aquela menina cega, também me curasse. Eu não tinha pedido a cura do meu câncer, pois sabia que isso era vontade de Deus para minha vida, mas via minhas forças se esvaziando. Foi então que pedi à Mãe Aparecida que curasse tudo e que, se não fosse a vontade Deus, ao menos me levasse para o Céu, para junto dela e deu Seu amado filho Jesus”.
Em 14 de outubro de 2014, a justiça determinou que o transplante fosse providenciado. No dia seguinte, Sara foi internada no Hemorio, na cidade do Rio de Janeiro.

E mais provação…

Ela ficou 43 dias internada para passar por todo o processo do transplante. Mas… o transplante não deu certo.
Cinco meses depois, outra tentativa. E outro fracasso.
As coisas começariam a mudar em 13 de outubro de 2015: no dia seguinte à festa de Nossa Senhora Aparecida, ela ingressou no Hospital Universitário de Juiz de Fora, MG, para se preparar para um novo transplante. A primeira necessidade era fazer uma série de exames, porque Sara estava sem quimioterapia já fazia um ano. Os resultados trouxeram esperanças renovadas:
“Pela graça de Deus e pela Mãe Senhora Aparecida, o câncer estava parado. No sábado, dia 20 de fevereiro de 2016, antes da semana da coleta da medula, a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, do Santuário Nacional, esteve em meu bairro. Pedi muito a ela para o procedimento dar certo”.

Até que chega o Ano da Misericórdia…

14 de março de 2016: Sara finalmente foi internada para a realização do transplante.
“Foram quatro dias recebendo fortes dosagens de quimioterapia para preparar meu organismo para receber a ‘nova’ medula. Em 18 de março, foi realizado o transplante e, no dia 29, minha medula pegou, dois dias após o Domingo de Páscoa. A demora não foi por acaso: foi no Ano da Misericórdia, um ano importante para Igreja, que se tornou muito especial para mim, pois, pela Misericórdia de Deus, eu renasci e recebi vida nova. Foi um ano em que vivi intensamente as Misericórdias de Deus”.
“Nos momentos difíceis do tratamento, uma das grandes motivações era o desejo de realizar um grande sonho, meu e de minha mãe, de irmos à casa da Mãe Aparecida, para pagarmos a promessa que tínhamos feito de levar os meus cabelos que tinham caído durante os anos de tratamento”.

…E chega também o Ano Mariano!

O sonho se realizou em pleno Ano Mariano de 2017, quando o Brasil celebrou os 300 anos do encontro da imagem de Aparecida no Rio Paraíba do Sul.
A romaria ao Santuário Nacional foi organizada pelo pe. Silvano Salvatte Zanon, da paróquia de Sara.
“Pagamos a nossa promessa e realizamos esse sonho tão especial e abençoado. Estar na casa da Mãe pela primeira vez e deixar o meu cabelo na sala das promessas foi uma experiência de fé, amor e intercessão indescritíveis”.
Sara tem hoje 26 anos de idade. Faz 3 anos e 6 meses qu ela passou pelo transplante.
“Graças a Deus e à poderosa intercessão de Nossa Senhora, estou ótima. Continuo em acompanhamento oncológico. De 6 em 6 meses refaço todos os exames. E após muita luta e muitas orações, finalmente tenho uma rotina normal”.
Sara frequenta a Capela do Divino Espírito Santo, na paróquia pessoal Nossa Senhora de Fátima e Santo Antônio, da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. Dá catequese às crianças na capela e aulas de Ensino Religioso na escola da paróquia. Ela também confecciona terços, uma sugestão do pe. Silvano para ocupar o tempo durante o tratamento e que ela manteve até hoje.
Em seu testemunho à ACI Digital, Sara finaliza:
“O dia 12 de outubro se aproxima, este dia tão especial para nós, católicos, devotos da Mãe Aparecida. E é com imensa alegria, amor, gratidão e emoção que dou este testemunho. Falar de Nossa Senhora é falar do amor. E desejo que muitas pessoas possam experimentar esse amor tão especial”.
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A partir de matéria original de ACI Digital

Fonte: Ateleia