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Rubro-Negros transformam Kombi em artigo de luxo por R$ 60 mil para acompanhar o Flamengo

Antes e depois da "Fla-Kombi" Foto: Arquivo Pessoal

A torcida do Flamengo é conhecida pelos personagens folclóricos. Gabigol da torcida, Chapolin, Anjinho... Cada um tem uma forma particular de demonstrar amor ao clube. Mas, as vezes, essas ideias saem bem caras. Caso do grupo formado por nove torcedores, que investiu R$ 60 mil para transformar uma kombi de ferro velho em um artigo de luxo e acompanhar o rubro-negro no Maracanã. E até Zico gostou.

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A história da "FlaKombi", como carinhosamente é chamada, surgiu com os amigos Felipe Pavan, Rodrigo Fernandes, Vinicius Colonese, Gustavo Oliveira, Diogo Alves, Daniel Ferro, David Erthal, Pedro Afonso e Lucas Natal. Todos moradores de Niterói, no Rio, eles importaram para o Brasil uma história que fez sucesso em Portugal.

Em 2016, Felipe cursava mestrado em Lisboa e viu uma reportagem de um fusca personalizado do Benfica. Nele, estavam escritas mensagens como "a minha Ferrari é o meu Benfica" e várias provocações ao rival Porto. Não tardou para o rubro-negro mostrar aos amigos, que focaram na funcionalidade para criar algo parecido para o Flamengo.

Antes e depois da "Fla-Kombi" Foto: Arquivo Pessoal


A ideia era simples: ter um carro que levasse todos ao Maracanã em dia de jogos do Flamengo. Um fusca era muito pequeno, então a escolhida foi uma kombii. Não foi difícil encontrar uma carcaça abandonada em ferro velho da cidade em outubro daquele ano, a questão foi chegar a um consenso antes de reformá-la.

— Nós tinhamos a intenção de colocar uma TV para ver os jogos, mas as ideias tinham que ser aprovadas por todos. Nosso orçamento inicial era de R$ 25 mil, mas tomamos gosto pela coisa e o preço subiu — conta o advogado Rodrigo Fernandes, de 37 anos, um dos idealizadores da "FlaKombi".

Antes e depois da "Fla-Kombi" Foto: Arquivo Pessoal

Após debates no grupo de Whatsapp, a galera decidiu que itens de luxo como ar-condicionado, caixas de som e coolers para bebidas seriam incluídos. Além disso, as tradicionais cores vermelha e preta seriam pintadas na lataria junto a um logotipo da "FlaKombi". O custo total foi de R$ 60 mil, valor dividido igualmente entre os nove integrantes (cerca de R$ 6,6 mil para cada)


— A costumização foi além, as peças são originais, o projeto foi ganhando corpo. O Vinicius, que trabalha em uma empresa de ônibus, foi o cara mais importante pois viveu o dia a dia da reforma. Lá atrás, quando criamos o projeto, fizemos uma apresentação em power point com os detalhes da kombi para termos uma base — revela o advogado.

Antes e depois da "Fla-Kombi" Foto: Arquivo Pessoal


Foram três anos de reformas, aceleradas quando o lateral-esquerdo Filipe Luís foi apresentado — em julho deste ano — e declarou que "a kombi do Flamengo tinha passado na casa dele". A referência foi pela oportunidade de atuar no clube, não ao veículo, mas serviu para o grupo se motivar a concluir o projeto.

Antes e depois da "Fla-Kombi" Foto: Arquivo Pessoal

Quando o Flamengo joga, um ponto de encontro e a hora de embarque são definidos no grupo para todos estarem presentes. E quando a bola não rola, ela fica estacionada na garagem de uma empresa de transportes em Itaguaí, também no Rio. A "FlaKombi" ficou pronta no dia 1º de setembro e estreou com o pé direito na vitória por 3 a 0 contra o Palmeiras, pelo Brasileiro.

A próxima reunião do grupo será no dia 25, quando o Flamengo enfrenta o Internacional, no Maracanã. Empolgados, os amigos convidaram Zico, que curtiu duas fotos da kombi nas redes sociais, para viajar com eles. Para eles, se o Galinho não puder andar na "FlaKombi", ninguém mais pode.


— Todo muito ficou em êxtase porque, para o flamenguista, o Zico é Deus. Quando postamos no Instagram, o pessoal marcou ele, que curtiu. Não sabemos o que fazer para o Zico vir com a gente na kombi, sabemos que ele está no Japão, mas fica o convite. Se o Zico não puder andar, ninguém pode — completa Rodrigo.


Fonte: EXTRA