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Mulher oferece R$ 1 milhão para cartomante matar companheira do ex-marido


Uma mulher de 63 anos prometeu pagar R$ 1,1 milhão para uma cartomante encomendar a morte da atual companheira do ex-marido, de quem estava separada há cerca de quatro anos, em Chapecó. A tentativa de homicídio ocorreu no dia 3 de junho, por volta das 13h30, na rua Marechal Deodoro, no Centro de Chapecó.

Um homem chegou numa motocicleta e aguardou a vítima. Quando ela chegou ele efetuou os dois disparos, sendo um na cabeça, com uma pistola 765. Depois pegou a bolsa e fugiu na motocicleta. No entanto, ele acabou sendo capturado por guardas municipais no bairro Universitário. O autor dos disparos, de 29 anos, morava no Paraguai. A vítima, uma mulher de 48 anos, teve um projétil alojado na cabeça mas passou por cirurgia, sobreviveu e passa bem segundo a Polícia Civil.

“O crime foi contratado para parecer um latrocínio. Mas causou estranheza o fato de ter atirado na cabeça para levar uma bolsa com pouco dinheiro e celular. Investigamos todos os dias um pouco e, também graças à captura do autor, descobrimos que foi uma tentativa de homicídio. A mandante era a ex-mulher do marido da vítima, que confessou ter agido por ciúmes”, disse o delegado Vagner Pappini, em entrevista coletiva.

A mandante teria dado R$ 340 mil em cheques para a cartomante e mais R$ 800 mil após o crime. Segundo a Polícia, o marido da cartomante teria ido até Ciudad Del Este, no Paraguai, e contratado o paraguaio por R$ 15 mil antecipado e mais R$ 20 mil depois do crime. Após a prisão dele a mandante teria sustado os cheques, exceto um no valor de R$ 50 mil.

De acordo com o delegado Vagner Pappini a Polícia conseguiu fazer a reconstituição dos passos do autor dos disparos, até chegar nos envolvidos. Além do paraguaio está presa também a cartomante. A mandante estaria colaborando com as investigações e por isso ainda não foi presa.

O marido da cartomante, Fabiano Aristides, de 37 anos, está foragido. A Polícia até divulgou sua imagem (Galeria abaixo). Segundo o delegado, a prisão é imprescindível para concluir o inquérito. Também serão ouvidos formalmente a vítima e o marido, além dos policiais e agentes ouvidos na ocorrência.

Pappini destacou que os envolvidos devem ser indiciados por homicídio triplamente qualificado, por traição, torpeza. As penas variam de 12 a 30 anos de reclusão, tendo redução pelo fato da vítima ter sobrevivido.



Fonte: NSC