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E.U.A – Orgulhosa de sua origem, universitária faz fotos de formatura na plantação onde pais trabalham


Após se formar em Piscologia e concluir em maio deste ano o mestrado em Educação, a americana Erica Alfaro, de 29 anos, decidiu homenagear os pais nas fotos da graduação. Usando beca, capelo e estola, ela posou ao lado da mãe Teresa Herrera, de 51 anos, e o pai, Claudio Alfaro, de 50, na plantação onde eles trabalham.


Erica ao lado da mãe, que ainda trabalha no campo 
Foto: Reprodução/Redes Sociais


A trajetória de Erica até o tão sonhado diploma no ensino superior foi marcada por muitas dificuldades. Os pais, que sempre foram agricultores, não tiveram a oportunidade de estudar. Eles migraram do México para os Estados Unidos, onde a filha nasceu, mas Erica passou boa parte da infância em Tijuana, enquanto sua mãe tentava obter a documentação necessária para viver nos EUA. A menina atravessava a fronteira todos os dias para ir à escola.



Quando completou 13 anos, Erica se mudou para a Califórnia com os pais e dois irmãos. Eles viviam com outros familiares, dividindo um apartamento de um quarto entre 11 pessoas. Erica e os irmãos costumavam trabalhar em plantações durante as férias para ajudar os pais.


— Um dia eu disse à minha mãe que ela estava muito cansada e ela me disse: 'É assim que a vida será daqui pra frente. As únicas pessoas que não têm que passar por isso são as que têm educação'. Guardei para sempre aquelas palavas comigo — disse Erica a rede de notícias "CNN".


Erica Alfaro, de 29 anos, se formou em psicologia e fez mestardo em educação Foto: Reprodução/Redes Sociais


Aos 15 anos, a jovem engravidou e deixou os estudos de lado. Passou a viver com o namorado, mas voltou para a casa dos pais pouco tempo depois. Ela foi obrigada pelo companheiro a dormir na rua com o bebê diversas vezes. Aos 17 anos, decidiu voltar para a escola e conseguiu terminar o ensino médio.

Logo após conquistar uma vaga em uma universidade, a jovem foi surpreendida ainda no primeiro semestre com a notícia de que seu filho fora diagnosticado com paralisia cerebral. O desempenho de Erica caiu, mas ela decidiu seguir em frente porque tinha o objetivo de oferecer uma vida melhor para o filho e os pais. Foram quase seis anos até concluir os estudos.


— A razão pela qual eu compartilho minha história é porque eu quero encorajar mães solteiras e pessoas que sofrem violência doméstica, a obter educação e a alcançar seus objetivos. Espero que as fotos inspirem outras pessoas da comunidade Latina. Nossos pais vieram para este país para nos dar uma vida melhor e nós não estaríamos aqui sem eles — defendeu.


Fonte: EXTRA