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"Sem problemas", diz Mourão ao fim do 1º dia como presidente

Ele substitui Jair Bolsonaro, que está em Davos, na Suíça


O presidente em exercício, Hamilton Mourão, recebe o embaixador da
Alemanha no Brasil, Georg Witschel - Foto: Romério Cunha/VPR

 
Em seu primeiro dia como presidente em exercício, o general Hamilton Mourão buscou hoje (21) manter a rotina habitual, inclusive despachando no seu gabinete na vice-presidência, no anexo do Palácio do Planalto. Ele chegou às 9h10, bem-humorado, brincou com os jornalistas que o aguardavam e comemorou a vitória do Flamengo sobre o Bangu por 2 x1.


“Bom dia. Só queria dizer o seguinte: extrema satisfação que o Flamengo venceu ontem e o Botafogo perdeu”, disse Mourão, antes de entrar no prédio.
O único compromisso previsto na agenda na parte da manhã foi às 10h, Mourão recebeu Miguel Angelo da Gama Bentes para discutir projetos de mineração estratégica.
Após o almoço, Mourão afirmou que o tempo de serviço prestado pelos militares na ativa deve aumentar, a partir da reforma da Previdência. Questionado se o período de contribuição passaria de 30 anos para 35 anos, Mourão afirmou: “Em tese, é isso aí, com uma tabela para quem já está no serviço, um tempo de transição”.
À tarde, o presidente em exercício teve encontros com os embaixadores da Alemanha, Georg Witschel, e Tailândia, Susarak Suparat, com os quais tratou sobre questões climáticas e reformas.
No final da tarde, Mourão se reuniu com o coronel Hélcio Bruno de Almeida cujo currículo o descreve como especialista em defesa e segurança com atenção no combate ao terrorismo. Depois, se encontrou com dois generais.
Mourão deixou o Planalto por volta de 18h40, mantendo o bom humor. Questionado por repórteres sobre seu dia, reagiu: “No news, good news [sem notícia, boa notícia] Zero. Sem problemas.”
Mourão: Bolsonaro mostrará em Davos que não é “Átila, o Huno”.
O presidente Jair Bolsonaro vai mostrar, no Fórum Econômico Mundial, de Davos, na Suíça, onde ficará até quinta-feira (24), que não é “Átila, o Huno”. A afirmação é do presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, em alusão a Átila, o conquistador da Europa do século 5, conhecido por ser um bárbaro e cruel.
“O discurso do presidente vai ser em cima das reformas da área econômica, reforma da Previdência. E também mostrar que ele não é o Átila, o Huno. É mais um brasileiro que nem nós.”
Mourão disse que conversou rapidamente com Bolsonaro por mensagem de celular, pois ele viajou ontem (20) à noite para Suíça. “Ele mandou 'zap', dizendo que chegou bem”. Segundo ele, a recomendação de Bolsonaro durante este período em que o substitui foi simples. “Prudência e caldo de galinha”, relatou.
O presidente em exercício negou qualquer desgaste no governo em decorrência das investigações em torno das movimentações atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente.
“Esse problema é do senador [eleito] Flávio Bolsonaro. O governo não [fica preocupado], pode preocupar o presidente como pai em relação ao filho. Todos nós nos preocupamos com nossos filhos.”
Fonte: Agência Brasil (EBC)