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Jovem argentina é resgatada de casa de prostituição onde era mantida em cárcere privado

Foto: Ilustrativa
A Polícia Federal de Dionísio Cerqueira encontrou uma jovem argentina de 18 anos, que estaria mantida em cárcere privado em uma boate na cidade de Marmeleiro.
O fato aconteceu nesta sexta-feira (15) após o irmão da vítima, denunciar o caso a Polícia Federal na quinta-feira.

Logo após receber as informações, a polícia instaurou o inquérito e solicitou mandado de busca e apreensão que foi deferido e cumprido na manhã desta sexta-feira.

No local, os policiais localizaram outras duas mulheres vivendo na mesma situação da jovem argentina. A proprietária do estabelecimento foi presa em flagrante foi encaminhada a Delegacia da Polícia Federal.

A jovem argentina contou aos policiais que veio para a casa de prostituição através de uma prima, com a promessa de trabalhar em uma loja de confecções. Ainda de acordo com a vítima, a proprietária teria pego seus documentos e também não lhe repassava o dinheiro dos programas, o que lhe impedia de abandonar o local, caracterizando-se assim o cárcere privado.

Conforme o delegado da Polícia Federal, Marcio Lelis Anatter, a proprietária deve responder pelos crimes de cárcere privado (art. 148 do CP), favorecimento a prostituição (art. 228 do CP), e tráfico internacional de pessoas para exploração sexual (art. 231 do CP).

Após a conclusão do flagrante o Juiz Federal Substituto, Christiaan Allessandro Lopes De Oliveira, arbitrou fiança para a acusada no valor de R$ 4.000,00. Após o pagamento a acusada foi solta e respondera em liberdade provisória.

De acordo com o advogado de defesa, Gaspar Fidelis de Almeida Jr., "Chega a ser hilário imaginar que em pleno século 21, e que em nossa região, ocorram este tipo de situação, portanto, tudo leva a crer que as alegações da suposta vítima não passam de meras falácias, o que será provado na fase judicial" afirmou.

Ainda de acordo com o advogado, em nenhum momento a jovem disse que foi obrigada a se prostituir, bem como ao ser indagada sobre a documentação, informou que estavam com a dona do local, para que não se perdessem. Quanto a mensagem de ajuda, ela alegou que o fez, tendo em vista que acreditava que somente com a intervenção da polícia conseguiria sair do local.

  • Fonte/Autor: Fronteira On Line