Na véspera de 7 de setembro de 2012, a presidente Dilma Rousseff foi à TV fazer um pronunciamento com promessas de forte apelo social decoradas com frases de efeito. Falou em baixar juros, reduzir impostos e equilibrar o câmbio. Mas a cereja do bolo foi o anúncio de medidas destinadas a baixar a conta de luz. Quatro meses depois, a promessa foi cumprida com a edição da MP 579. Dilma fez, então, um novo pronunciamento declarando que o desconto seria ainda maior que o previsto: em média 20%. "As perspectivas são as melhores", disse. Esses números ajudaram Dilma a se reeleger, convencendo o eleitor menos informado do sucesso de sua política. Tratava-se obviamente de um engodo. Logo no início de 2015, a realidade bateu à porta. Em apenas três meses, a conta de luz subiu em média 35% e deve chegar a 40% em breve. Na semana passada, a Aneel autorizou o terceiro reajuste nas tarifas de energia das principais distribuidoras do País.
Com a eletricidade mais cara, o custo da produção na indústria também sobe e esse aumento é transferido para o preço de produtos e serviços. Assim como acontece com a gasolina e a água, o custo da eletricidade atinge toda a cadeia produtiva. A alta da conta de luz sofreu não apenas um, mas três tipos de reajuste. Uma correção extraordinária para cobrir os custos da eletricidade de Itaipu, indexadas ao dólar; o reajuste anual dos contratos de cada concessionária e o aumento da taxa extra da bandeira tarifária. Somando-se tudo isso, a energia elétrica foi, sozinha, responsável por mais da metade da inflação registrada em março, que acumula 8,13% em 12 meses - a maior alta em 11 anos.
Segundo o IBGE, com a entrada em vigor da revisão das tarifas aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), "ocorreram aumentos extras fora do reajuste anual para cobrir custos das concessionárias. Na mesma data, houve um reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente, a vermelha, passando de R$ 3,00 para R$ 5,50 para cada 100kWh", explica o IBGE em seu relatório divulgado no início de abril. A chamada "bandeira tarifária" estabelece o pagamento de uma taxa extra para consumidores de regiões onde há aumento do custo de produção de energia. Isso acontece, por exemplo, quando é preciso acionar as usinas termelétricas para compensar a queda na produção das hidrelétricas por causa da falta de chuvas.
Fonte: Rádio Videira AM
Com a eletricidade mais cara, o custo da produção na indústria também sobe e esse aumento é transferido para o preço de produtos e serviços. Assim como acontece com a gasolina e a água, o custo da eletricidade atinge toda a cadeia produtiva. A alta da conta de luz sofreu não apenas um, mas três tipos de reajuste. Uma correção extraordinária para cobrir os custos da eletricidade de Itaipu, indexadas ao dólar; o reajuste anual dos contratos de cada concessionária e o aumento da taxa extra da bandeira tarifária. Somando-se tudo isso, a energia elétrica foi, sozinha, responsável por mais da metade da inflação registrada em março, que acumula 8,13% em 12 meses - a maior alta em 11 anos.
Segundo o IBGE, com a entrada em vigor da revisão das tarifas aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), "ocorreram aumentos extras fora do reajuste anual para cobrir custos das concessionárias. Na mesma data, houve um reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente, a vermelha, passando de R$ 3,00 para R$ 5,50 para cada 100kWh", explica o IBGE em seu relatório divulgado no início de abril. A chamada "bandeira tarifária" estabelece o pagamento de uma taxa extra para consumidores de regiões onde há aumento do custo de produção de energia. Isso acontece, por exemplo, quando é preciso acionar as usinas termelétricas para compensar a queda na produção das hidrelétricas por causa da falta de chuvas.
Fonte: Rádio Videira AM