Ele, que atuava na região Oeste, está proibido de exercer a profissão por toda a vida, como informou reportagem do Jornal do Almoço desta quarta-feira (15).
A pena imposta pelo Cremesc foi confirmada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O caso começou a ser investigado em 2008.
Denúncia
O ginecologista boliviano que conquistou nacionalidade brasileira atuava em Joaçaba há quase 40 anos. Em 2010, foi acusado de molestar pacientes durante as consultas. Foram, pelo menos, sete vítimas.
Uma delas, na época com 24 anos, contou que o médico "dizia 'tenho o desejo de te acariciar, preciso te acariciar'. Ele passava a mão no meu rosto. Eu disse que não era normal, que era para ele parar com aquilo. Ele veio para me agarrar e eu dei um empurrão nele".
Condenação
Quando a denúncia foi feita, o médico chegou a ser preso e ficou na cadeia por duas semanas. Ele foi condenado pela Justiça por violação sexual mediante fraude.
A pena foi de dois anos e oito meses de prisão em regime aberto. Como era réu primário, a condenação foi substituída pela realização de serviços comunitários.
Hospitais
Mesmo após a sentença, ele seguiu trabalhando normalmente no Hospital São Roque, em Luzerna, e fazendo plantões no Hospital Universitário Santa Terezinha, de Joaçaba. Ainda faz parte do corpo clínico das duas instituições.
Os hospitais afirmam que não receberam nenhum documento informando a cassação do registro profissional do médico.
Fonte: Rádio Videira AM