Com a sirene ligada, o caminhão do Corpo de Bombeiros atravessou na manhã desta segunda-feira as principais ruas do bairro São Cristóvão, em União da Vitória, no Paraná, divisa com Santa Catarina, levando caixões de vítimas do acidente com o ônibus em que morreram 51 pessoas na Serra Dona Francisca, em Joinville, no sábado.
As homenagens militares marcaram a despedida dos mortos residente no São Cristóvão, o bairro em pertencia a maioria das vítimas, integrantes de um grupo de candomblé que seguiria para um evento e passeio em Guaratuba, litoral paranaense. O velório coletivo acabou sendo realizado para cinco moradores, pois as outras famílias optaram por outras capelas pela cidade. Outros caminhões de bombeiros também foram mobilizados e seguiram para outras partes do município.
Antes da saída dos corpos do ginásio houve uma rápida missa, no São Cristóvão. Um pastor também pregou perto dos caixões. Equipes de saúde e assistência social atendem as pessoas que passam mal. O professor Atilio Matozzo , da Uniguaçu, disse que houve casos de pessoas que desmaiaram e precisaram ser atendidas em ambulância e hospitais.
- Esse é o momento mais difícil, a hora do enterro. Tivemos casos de pessoas com pressão alta e outras que desmaiaram - relatou.
Entre os sepultados, havia grande número de pessoas amigas e familiares de Roseli Chrisostemo, dona de casa bastante conhecida no São Cristóvão. Roseli, o filho Renan Chrisostemo e a sobrinha dela, Katelyn Ramos morreram.
- Ainda não estou entendendo e acreditando. Ela era companheira de chimarrão todos os dias, não tinha que não gostasse dela aqui no bairro - destacou a amiga Leni Alves.
A prefeitura de União da Vitória disponibilizou ônibus para os cortejos e encontrou dificuldade para encontrar espaço aos túmulos nos cemitérios locais. O problema se resolveu ainda no domingo depois que moradores sensibilizados com a tragédia fizeram doações de gavetas, pois não havia mais lugares em terra.
No São Cristóvão moram cerca de 15 mil famílias, a maioria trabalhadores assalariados simples e humildes. Nos últimos anos, elas também foram castigadas com enchente do rio Iguaçu. O último grande alagamento das casas aconteceu em junho do ano passado e dezenas de moradores perderam pertences materiais.
Veja a nota oficial (encaminhada às 16h deste domingo) da prefeitura de União da Vitória sobre o suporte às famílias das vítimas:
O Município está oferecendo (e já oferece desde a noite de ontem, sábado) suporte psicológico, médico e logístico para todos os familiares envolvidos. Nisso, organizou parentes que necessitavam de transporte até Joinville para reconhecerem seus parentes. Em seguida, está cedendo o translado das vítimas fatais e oferecendo suporte aos que têm familiares em hospitais.
Quando os corpos chegarem até União da Vitória, a Prefeitura fará a recepção. Nela, os familiares serão atendidos no Quartel da 2ª Companhia de Policia Militar, bairro São Basílio Magno, e após a autorização da família irão para os locais de velório. Para pessoas que precisam de auxílio, a Administração estará cedendo a urna funerária e o transporte até o local do velório. Haverá local para velório coletivo, Ginásio Benedito Albino - no distrito de São Cristóvão.
Isso para pessoas que tem interesse em usufruir desses serviços. Contudo, a Prefeitura deixa livre aos familiares que têm plano funerário ou desejam realizar os procedimentos fúnebres por conta própria. No caso de Porto União, no Quartel da Policia Militar será orientado o procedimento, em que haverá velório coletivo, ou conforme a família desejar, por conta própria.
Importante ressaltar que todas as vítimas, indiferente de serem de um município ou outro, serão concentradas todas as liberações no Quartel da Polícia Militar de União da Vitória. Sendo vedado o acesso público e de familiares até o local em que estarão e serão liberados os corpos.
Ressaltamos, ainda que somente serão, em locais distintos, os velórios coletivos e, ou, particulares com seus respectivos sepultamentos. Sendo o das vítimas de União da Vitória Ginásio Benedito Albino - no distrito de São Cristóvão. De Porto União será informado em seguida.
Fonte: Diário Catarinense
As homenagens militares marcaram a despedida dos mortos residente no São Cristóvão, o bairro em pertencia a maioria das vítimas, integrantes de um grupo de candomblé que seguiria para um evento e passeio em Guaratuba, litoral paranaense. O velório coletivo acabou sendo realizado para cinco moradores, pois as outras famílias optaram por outras capelas pela cidade. Outros caminhões de bombeiros também foram mobilizados e seguiram para outras partes do município.
Antes da saída dos corpos do ginásio houve uma rápida missa, no São Cristóvão. Um pastor também pregou perto dos caixões. Equipes de saúde e assistência social atendem as pessoas que passam mal. O professor Atilio Matozzo , da Uniguaçu, disse que houve casos de pessoas que desmaiaram e precisaram ser atendidas em ambulância e hospitais.
- Esse é o momento mais difícil, a hora do enterro. Tivemos casos de pessoas com pressão alta e outras que desmaiaram - relatou.
Entre os sepultados, havia grande número de pessoas amigas e familiares de Roseli Chrisostemo, dona de casa bastante conhecida no São Cristóvão. Roseli, o filho Renan Chrisostemo e a sobrinha dela, Katelyn Ramos morreram.
- Ainda não estou entendendo e acreditando. Ela era companheira de chimarrão todos os dias, não tinha que não gostasse dela aqui no bairro - destacou a amiga Leni Alves.
A prefeitura de União da Vitória disponibilizou ônibus para os cortejos e encontrou dificuldade para encontrar espaço aos túmulos nos cemitérios locais. O problema se resolveu ainda no domingo depois que moradores sensibilizados com a tragédia fizeram doações de gavetas, pois não havia mais lugares em terra.
No São Cristóvão moram cerca de 15 mil famílias, a maioria trabalhadores assalariados simples e humildes. Nos últimos anos, elas também foram castigadas com enchente do rio Iguaçu. O último grande alagamento das casas aconteceu em junho do ano passado e dezenas de moradores perderam pertences materiais.
Veja a nota oficial (encaminhada às 16h deste domingo) da prefeitura de União da Vitória sobre o suporte às famílias das vítimas:
O Município está oferecendo (e já oferece desde a noite de ontem, sábado) suporte psicológico, médico e logístico para todos os familiares envolvidos. Nisso, organizou parentes que necessitavam de transporte até Joinville para reconhecerem seus parentes. Em seguida, está cedendo o translado das vítimas fatais e oferecendo suporte aos que têm familiares em hospitais.
Quando os corpos chegarem até União da Vitória, a Prefeitura fará a recepção. Nela, os familiares serão atendidos no Quartel da 2ª Companhia de Policia Militar, bairro São Basílio Magno, e após a autorização da família irão para os locais de velório. Para pessoas que precisam de auxílio, a Administração estará cedendo a urna funerária e o transporte até o local do velório. Haverá local para velório coletivo, Ginásio Benedito Albino - no distrito de São Cristóvão.
Isso para pessoas que tem interesse em usufruir desses serviços. Contudo, a Prefeitura deixa livre aos familiares que têm plano funerário ou desejam realizar os procedimentos fúnebres por conta própria. No caso de Porto União, no Quartel da Policia Militar será orientado o procedimento, em que haverá velório coletivo, ou conforme a família desejar, por conta própria.
Importante ressaltar que todas as vítimas, indiferente de serem de um município ou outro, serão concentradas todas as liberações no Quartel da Polícia Militar de União da Vitória. Sendo vedado o acesso público e de familiares até o local em que estarão e serão liberados os corpos.
Ressaltamos, ainda que somente serão, em locais distintos, os velórios coletivos e, ou, particulares com seus respectivos sepultamentos. Sendo o das vítimas de União da Vitória Ginásio Benedito Albino - no distrito de São Cristóvão. De Porto União será informado em seguida.
Fonte: Diário Catarinense