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Caminhoneiros já estão em Brasília para protestar

(Fotos: Correio Brasiliense) 
Cerca de 23 caminhoneiros do Rio Grande do Sul e Santa Catarina chegaram ao estacionamento do estádio Mané Garrincha entre a madrugada e a manhã desta terça-feira (3/3). Alguns acompanhados de esposa e filhos estão no local com escolta da Polícia Militar. Não há registro de tumulto ou confusão. Outros 20 caminhoneiros já saíram da BR-040, a caminho do estádio. Os grupos vão se encontrar ainda hoje, em frente ao estádio.

Eles levantam bandeiras por melhores rodovias, fim da corrupção, redução do diesel, valorização dos fretes e menor custo nos pedágios. A estimativa da polícia é de que cheguem ao DF cerca de 100 veículos.

Os trabalhadores que estão a caminho do Mané Garrincha são escoltados pela Polícia Militar de Goiás e Polícia Rodoviária Federal (PRF). A força-tarefa entre os serviços de segurança é para garantir a legitimidade do movimento dos caminhoneiros. O deputado federal Fraga (DEM-DF) conseguiu liberação para que os caminhoneiros utilizem os banheiros do estádio.

Na tarde desta terça-feira, os caminhoneiros devem se reunir no Congresso Nacional com seis deputados que apoiam a causa, para saber quais atitudes serão tomadas pelo governo.

O comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) do DF, tenente-coronel Evaldo Soares, afirma que o objetivo é acompanhar o protesto. “Não sabemos ao certo o que eles vão fazer, mas desejamos que seja formada uma liderança para facilitar qualquer negociação”, destacou Soares.

O deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) está no local e lembrou que o parlamento está preocupado em dar um desfecho feliz para o ato dos caminhoneiros. “Eles não podem ser tratados a bombas e pauladas. Queremos que o governo reabra negociação com eles. Até lá não votaremos ajuste fiscal ou qualquer outra coisa”, avisou Terra.

Segundo o deputado, o governo deve entender a gravidade do protesto. Ele assegura que animais estão morrendo em propriedades rurais, pela falta de abastecimento de rações. “Vivemos uma crise moral e ética. O Planalto não tem autoridade para endurecer com quem tenta trabalhar pelo país”, disse.

Fonte: Correio Brasiliense