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Unoesc cria fundo que aumenta percentual de recursos próprios destinado à pesquisa

Professores e alunos que se dedicam à pesquisa na Unoesc ganharam um novo estímulo para desenvolverem os seus trabalhos.  Trata-se do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAPE), que aumenta o percentual de recursos próprios destinado ao financiamento de projetos e atividades dos grupos de pesquisa da Universidade. Entre as possibilidades de aplicação dos recursos do FAPE estão a concessão de bolsas, a compra de insumos necessários à investigação científica e o auxílio aos docentes para participação de eventos científicos nacionais e internacionais.

Criado por resolução do Conselho de Administração, o fundo será constituído pelo valor correspondente a 1,3% da receita líquida anual proveniente dos cursos de graduação de cada campus, deduzido o percentual de 20%, previsto em lei, referente à assistência social.

De acordo com a diretora de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Unoesc, professora Jéssica Mota, a Universidade vive um momento de maturidade acadêmica e vê a sua produção científica avançar em qualidade. Para ela, a busca por novos conhecimentos traz desenvolvimento tecnológico e avanços socioambientais para a região.

— Com os nossos programas de pós-graduação stricto sensu, começamos a ver as possibilidades de avanços com a pesquisa. Mas para isso é preciso um maior investimento institucional — afirma a diretora ao destacar que a aplicação dos recursos do FAPE visam cumprir os objetivos dos programas estabelecidos na Política de Pesquisa e Inovação da Universidade e fortalecer os grupos de pesquisa.

Na Unoesc, a pesquisa é articulada por meio de programas, que contemplam desde a iniciação científica até o desenvolvimento de pesquisas avançadas em diversas áreas. A parte prática acontece a partir dos grupos de pesquisa, que reúnem pesquisadores, estudantes e técnicos. Esses grupos são a base de interação entre graduação e pós-graduação. Com resultados mais expressivos pelo nível de profundidade, as pesquisas vinculadas aos programas pós-graduação irão captar a maior parte do apoio financeiro do FAPE.

— O fundo abrirá possibilidades para os mestrandos, mas os alunos da graduação também serão beneficiados, uma vez que estarão associados nessas pesquisas em projetos de iniciação científica — explica Jéssica Mota.

ACESSO AOS RECURSOS

Para ter acesso aos recursos que serão distribuídos pelo FAPE será preciso submeter os projetos para avaliação. O processo de seleção, por campus, será orientado por edital específico, lançado sempre no início de cada ano. Cada campus terá seu fundo e uma comissão local formada por especialistas terá a tarefa de classificar os projetos inscritos.

Em Joaçaba, a definição dos critérios de seleção deverá privilegiar as propostas com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento regional, como os de Alimentos, Engenharia Biomédica, Florestas Renováveis, Metal Mecânico e Energias Renováveis. A ideia é que as pesquisas realizadas na Unoesc possam interagir com o Polo de Inovação, que tem as mesmas áreas de interesse.

Segundo a professora Jéssica Mota, os editais irão criar novas oportunidades aos pesquisadores como, por exemplo, a aquisição equipamentos ou materiais, eventualmente até para construção de protótipos. A intenção da Universidade também é estimular a inovação e o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos.

O Fundo destinará também uma cota para apoiar à divulgação do conhecimento. Professores e alunos poderão participar de eventos científicos nacionais e internacionais para socializar os resultados das suas pesquisas com apoio institucional.

A publicação dos primeiros editais do Fundo está prevista já para o início de 2015. Assim, o FAPE se juntará a outras modalidades de financiamento de pesquisa na Unoesc, como é o caso dos recursos externos oriundos das agências de fomento.

Texto: Herton Farias