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Promotor orienta consumidor a trocar leite de empresa sob suspeita de adulteração

Quem tiver leite em casa das empresas investigadas pelo Ministério Público por suspeita de fraude pode tentar trocar o produto no mercado onde adquiriu ou então acionar o Procon.

- A decisão é do consumidor - afirmou o promotor Fabiano Baldissarelli, lembrando que os supermercados teoricamente também foram enganados pelo produto adulterado.

As empresas suspeitas são Cordilat/SC Foods, Master Milk, Laticínios Oeste Lat, Agro Estrela, Cooperativa Agropecuária e de leite Milkfor, Laticínios Santa Terezinha, Laticinios São Bernardino e Cooperativa Coopleforsul. Também há transportadoras suspeitas como Transportes Irmãos Gris, GD Transportes e Transportes Douglas.

De acordo com a assessoria de comunicação do MPSC, como estão envolvidas também transportadoras, ainda não se sabe todas as marcas e lotes que podem ter sido afetados pelas adulterações e nem todos os Estados que podem ter recebido o produto. Esse rastreamento está sendo realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para que possa ser feito recall.

Baldissarelli é coordenador regional do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa que reúne Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria Estadual da Fazenda.
Na segunda-feira o Gaeco realizou uma operação em seis cidades catarinense e uma gaúcha resultando na prisão de dezesseis presos na Operação Leite Adulterado III.

O promotor afirmou que as empresas suspeitas de fraude ou estão interditadas ou estão em Regime Especial de Fiscalização.

- Toda a produção está sendo monitorada por fiscai -- garantiu o promotor.

Baldissarelli também orienta as pessoas que sentirem alguma indisposição por ter consumido leite adulterado que procurem o médico.

Mas fez questão de ressaltar que as fraudes representam uma parcela pequena da produção catarinense. A estimativa é que as empresas suspeitas industrializem 300 mil litros por dia, o que representa menos de 5% da produção estadual, que é de 8 milhões de litros por dia.

- A grande maioria dos produtores e indústrias são decentes - disse o promotor. Ele afirmou que as ações do Gaeco visam garantir Santa Catarina como um grande produtor de leite e com qualidade.

- Nós estamos fiscalizando e me preocupa onde não há nenhum precedente de fraude - disse o promotor.

Contrapontos

Empresa Cordilat / SC Foods - Cordilheira Alta/SC - o DC foi informado de que não havia um responsável para se manifestar nesta quarta-feira
Empresa Master Milk - Iraí/RS - telefone de contato divulgado é inexistente
Empresa Laticínios Oeste Lat - Coronel Freitas/SC - telefone de contato divulgado é inexistente
Empresa Agro Estrela - Coronel Freitas/SC - não foi possível contato
Empresa Transportes Irmãos Gris - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa Cooperativa Agropecuária e de leite Milkfor - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa GD Transportes - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa Transportes Douglas - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa Laticínios Santa Terezinha - Santa Terezinha do Progresso/SC - ligações não foram respondidas
Empresa Laticínios São Bernardino - São Bernardino/SC - ligações não foram atendidas
Empresa cooperativa Coopleforsul - Formosa do Sul/SC - ligações não foram atendidas

Fonte: Rádio Tropical FM