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Fundesa indeniza produtores que tiveram animais abatidos por questões sanitárias

Os produtores rurais que tiveram animais abatidos por questões sanitárias serão indenizados pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa) no início da próxima semana. Os pagamentos somam aproximadamente R$ 1,6 milhão que deverão beneficiar 165 criadores, relativos a 207 processos solicitando indenização no período de março a julho deste ano. O Fundesa faz parte da política de defesa sanitária da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e tem por objetivo indenizar os proprietários dos animais que, para não contaminar o restante do rebanho saudável, precisaram ser sacrificados.

Os criadores serão indenizados pelo abate de 926 aves abatidas por salmonelose; 1.038 bovinos por brucelose ou tuberculose e 10 equinos por anemia infecciosa. O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, explica que o Fundo Estadual de Sanidade Animal apóia ainda as ações emergenciais de combate às doenças que põem em risco a produção animal de Santa Catarina. “Esse pagamento faz parte de uma ação continuada do serviço de defesa agropecuária do estado e a maioria dos animais abatidos foram testados como positivos para brucelose, tuberculose ou anemia infecciosa”, explica.

Santa Catarina é o único estado do país que indeniza integralmente os produtores pelo abate sanitário de animais. O Fundesa foi criado em 2004 e tem como fonte de receita a taxa de vigilância sanitária animal e recursos do Governo do Estado. Com a indenização aos produtores, o Fundo possibilita a aquisição de animais sadios para a continuidade da produção de carne e leite, além de evitar a transmissão de enfermidades para outros animais, para as famílias rurais que trabalham diretamente na atividade, assim como para os consumidores dos alimentos de origem animal. Os valores pagos pelos animais são calculados com base no preço que os frigoríficos pagam pelo abate de animais sadios. 

O secretário Spies lembra que o número de animais sacrificados vem aumentando em função de uma estratégia de identificação e busca ativa de animais contaminados em Santa Catarina. Até 2017, a Secretaria da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) pretendem controlar a brucelose no rebanho catarinense e atingir uma incidência da doença inferior a 0,2% do rebanho. Com esse índice, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) considera que a doença está controlada no estado. “Nosso maior objetivo é preparar Santa Catarina para se tornar um grande exportador de produtos lácteos, e para isso as propriedades devem ser reconhecidas como livres de brucelose”, afirma Spies. 

A tuberculose e a brucelose, além de prejudicarem a produção de carne e leite, podem ser transmitidas às pessoas que convivem com os animais e também para os consumidores de seus produtos, quando não inspecionados. Para o acompanhamento da realização dos exames de diagnóstico e demais procedimentos para o abate sanitário dos animais acometidos por estas doenças, os médicos veterinários da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) atuam em todos os municípios catarinenses. 

Hoje, Santa Catarina já é reconhecida pela OIE como área livre de febre aftosa sem vacinação o que foi fundamental para a conquista de mercados competitivos para carne suína, como Japão, China e Chile, com perspectivas de exportação também para a Coréia do Sul e Estados Unidos. “Esse status sanitário faz com que Santa Catarina tenha uma vantagem competitiva importante, tanto que apesar de ser um estado pequeno é o maior produtor de suínos do país”, ressalta o secretário Spies. 

Fonte: Ana Ceron - Assessoria de Imprensa
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca