Apenas 58 por cento dos estudantes brasileiros concluem o ensino médio, segundo um estudo do Banco Internacional de Desenvolvimento, o BID. De acordo com a análise, a maioria desses jovens não acredita que a educação possa proporcionar mais qualidade de vida a eles.
E o número é ainda menor nos alunos de baixa renda. Enquanto 85 por cento dos estudantes das classes A e B terminam essa etapa, apenas 28 por cento dos jovens pobres terminam o antigo segundo grau. O estudo revelou ainda que a maioria dos estudantes entre 13 e 15 anos que não vão à escola colocam na falta de interesse, o motivo para o abandono. Douglas Alves, de 19 anos, é um desses que abandonaram os estudos. Ao contrário dos jovens entre 13 e 15 anos, ele conta que até tinha interesse, mas preferiu trabalhar.
"Eu saí da escola, porque achei melhor trabalhar, que é onde eu posso conseguir meu dinheiro e comprar minhas coisas. E eu já estava reprovado na escola e para mim não deu mais, por isso eu saí da escola e fui trabalhar. Na frente eu vou sentir falta."
A necessidade de trocar os estudos pelo trabalho, a distorção entre idade e série, a falta de acesso e o desinteresse são os principais motivos para que as crianças e adolescentes abandonem a escola. O especialista em educação João Alberto Rodrigues, coloca mais uma causa aí: O fraco currículo escolar proposto pelo governo brasileiro.
"O currículo basicamente da escola do Ensino Médio hoje, é pra levar a formação para a universidade e essa formação universitária na maioria dos casos está fora da perspectiva dos jovens. Eles não veem resultados nesse processo, porque eles não vão para uma universidade, então eles não veem em quê que o ensino médio pode ajudá-los."
Já o especialista em políticas educacionais da Universidade de Brasília, Célio da Cunha, conta que o investimento feito, pelo governo, em cursos profissionalizantes para esses jovens pode resultar em uma baixa evasão escolar.
"O jovem hoje quer adquirir algumas competências e habilidades para disputar um lugar no mercado de trabalho, de forma que a política que vem sendo incentivada pelo governo federal via Pronatec, via criação dos institutos federais de educação tecnológica, escolas técnicas é uma política muito boa para fixar esses jovens e evitar a evasão. Pode ver que a evasão nos cursos profissionalizantes ela é menor do que nos cursos acadêmicos."
Para chegarem a essa conclusão, foram destacados pelo estudo aspectos como assiduidade, comportamento em sala de aula e aprovação nas disciplinas, principais indicadores que alertam quando um jovem pode deixar a escola.
Fonte: Rádio Videira AM
E o número é ainda menor nos alunos de baixa renda. Enquanto 85 por cento dos estudantes das classes A e B terminam essa etapa, apenas 28 por cento dos jovens pobres terminam o antigo segundo grau. O estudo revelou ainda que a maioria dos estudantes entre 13 e 15 anos que não vão à escola colocam na falta de interesse, o motivo para o abandono. Douglas Alves, de 19 anos, é um desses que abandonaram os estudos. Ao contrário dos jovens entre 13 e 15 anos, ele conta que até tinha interesse, mas preferiu trabalhar.
"Eu saí da escola, porque achei melhor trabalhar, que é onde eu posso conseguir meu dinheiro e comprar minhas coisas. E eu já estava reprovado na escola e para mim não deu mais, por isso eu saí da escola e fui trabalhar. Na frente eu vou sentir falta."
A necessidade de trocar os estudos pelo trabalho, a distorção entre idade e série, a falta de acesso e o desinteresse são os principais motivos para que as crianças e adolescentes abandonem a escola. O especialista em educação João Alberto Rodrigues, coloca mais uma causa aí: O fraco currículo escolar proposto pelo governo brasileiro.
"O currículo basicamente da escola do Ensino Médio hoje, é pra levar a formação para a universidade e essa formação universitária na maioria dos casos está fora da perspectiva dos jovens. Eles não veem resultados nesse processo, porque eles não vão para uma universidade, então eles não veem em quê que o ensino médio pode ajudá-los."
Já o especialista em políticas educacionais da Universidade de Brasília, Célio da Cunha, conta que o investimento feito, pelo governo, em cursos profissionalizantes para esses jovens pode resultar em uma baixa evasão escolar.
"O jovem hoje quer adquirir algumas competências e habilidades para disputar um lugar no mercado de trabalho, de forma que a política que vem sendo incentivada pelo governo federal via Pronatec, via criação dos institutos federais de educação tecnológica, escolas técnicas é uma política muito boa para fixar esses jovens e evitar a evasão. Pode ver que a evasão nos cursos profissionalizantes ela é menor do que nos cursos acadêmicos."
Para chegarem a essa conclusão, foram destacados pelo estudo aspectos como assiduidade, comportamento em sala de aula e aprovação nas disciplinas, principais indicadores que alertam quando um jovem pode deixar a escola.
Fonte: Rádio Videira AM