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Advogado renuncia defesa e júri de acusado de crime brutal é adiado em Joaçaba

Sessão marcada para esta sexta-feira 
foi transferida para o mês que vem

O juiz da Vara Criminal da Comarca de Joaçaba, Marcio Umberto Bragaglia designou nova data para realização do júri popular de um dos acusados da morte do pedreiro Raimundo Nonato Araújo e Silva, de 32 anos. O advogado nomeado pela Justiça para defender o réu renunciou a defesa, obrigando o Poder Judiciário a marcar nova data para a sessão do júri que estava marcado para esta sexta-feira 
(11). O magistrado definiu então o dia 9 de maio, às 9h, no Fórum de Joaçaba. Estará no banco dos réus Isaías Lautério, de 20 anos. Ele está detido no presídio regional de Joaçaba desde o dia 25 de janeiro de 2013. O crime ocorreu por volta das 5h30 do dia 1º de dezembro de 2012 no estacionamento de um bar às margens da BR-282 em Joaçaba, na saída para Lacerdópolis, e teve ainda a participação de dois adolescentes, um de 14 anos e outro de 17 anos, por isso está em segredo de justiça.

Raimundo Nonato Araújo e Silva foi assassinado com requintes de crueldade. Testemunhas disseram que teria ocorrido um desentendimento no local e que um grupo decidiu investir contra a vítima. Conhecido por “Ceará”, natural do Maranhão, Silva trabalhava como pedreiro em Joaçaba e foi morto a chutes, pedradas e pauladas. Os agressores também usaram uma barra de ferro encontrada próximo ao corpo. Os ferimentos atingiram principalmente a cabeça. Raimundo teria chegado ao bar de táxi, pedidi uma cerveja e logo em seguida abordado. Dois adolescentes foram apreendidos pela polícia suspeitos de participação no crime. Na camiseta de um dos menores foram encontradas manchas de sangue.

Isaías Lautério foi preso pela Polícia Civil de Joaçaba, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) e apoio da Polícia Militar. Ele foi detido na casa dos paisem Linha Gramado, interior de Erval Velho. O suspeito não esboçou reação. Ele foi trazido à Delegacia de Polícia de Joaçaba onde prestou depoimento ao delegado regional Ademir Tadeu de Oliveira. Segundo informações da polícia, após o crime Lautério teria ido à casa de um amigo que mora no bairro Brasília em Herval d’ Oeste. Ele disse que foi de carona com um desconhecidoem um Ford Ka.O que chamou a atenção dos policiais é que o detido afirmou ter ficado no mato pelo período se alimentando, inclusive, de plantas e raízes. Ele teria ido para Erval Velho na casa dos pais justamente no dia em que foi preso.

Á época, o réu revelou em entrevista a Rádio Catarinense que sabia que estava sendo procurado, por isso se escondeu para não ser preso. Um mandado de prisão já havia sido expedido pelo Poder Judiciário de Joaçaba. Lautério disse ainda que tinha passagem pela polícia por furto ainda na adolescência. O suspeito afirmou que apenas aplicou chutes na vítima, que segundo ele, não era seu conhecido, e que havia consumido grande quantidade de bebida alcoólica.

Já o Ministério Público argumenta que a vítima teria se negado a fornecer um cigarro a um dos agressores, causando a ira do grupo, a maioria moradores do bairro Nossa Senhora Aparecida de Herval d’ Oeste e integrantes da facção “Gangue do Porquinho”. Para o MP, Isaías Lautério foi quem, com uma barra de ferro utilizada como sinalizador de trânsito, desferiu um potente golpe contra a cabeça da vítima, derrubando-a ao solo. 


Fonte: Rádio Catarinense