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Síndrome inflamatória pediátrica pode estar ligada ao novo Coronavírus


Estudos mostram que o novo Coronavírus pode estar relacionado a uma síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica.

Além de deixar manchas vermelhas pelo corpo, estudos mostram que a síndrome atinge somente os mais jovens. A infectologista Joana D'arc Gonçalves explica o que a síndrome representa. “É uma síndrome muito rara e quando acontece, leva a um processo inflamatório exacerbado no organismo de pessoas de 0 a 19 anos. Agora, o que chama atenção é que ela demora muito tempo para aparecer, pode aparecer até um mês depois que a pessoa teve Covid”, explica a infectologista. Acontece que pediatras começaram a observar que algumas crianças apresentaram sintomas parecidos logo após se curarem da Covid-19. Os mesmos sintomas não se manifestam em adultos que têm, pelo menos, 20 anos. Desde os primeiros casos, os cientistas têm buscado respostas sobre a doença. “A gente começou a observar, após a infecção de Covid, em algumas crianças, mas muita coisa ainda não está clara.

Existem estudos que falam de componentes genéticos. É igual sepse, alguns pacientes desenvolvem rapidamente e outros não”.  Ainda não há informação sobre como a síndrome é desenvolvida, mas ela é infecciosa e atinge pessoas de até 19 anos. Os principais sintomas são febre, pressão baixa, manchas pelo corpo, diarreia e vômito. Dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 800 crianças e adolescentes de todo o país estão em análises pelas secretarias estaduais. Elas apresentam os mesmos sintomas da síndrome. 41 pessoas morreram em todo o país desde o primeiro caso de Covid-19, em março do ano passado. 

Os dados ainda apontam que a doença é mais letal nas regiões Norte e Nordeste, áreas onde as crianças vivem de forma mais vulnerável. “Os pais devem ficar alertas ao seguinte: se teve diagnóstico de Covid, fica atento às crianças. Monitorar ́ por um período e avaliar. Se aparecer com febre alta, manchas vermelhas pelo corpo e achar que está debilitada, vá para o hospital”, enfatiza Joana D’arc.

Por Luis Ricardo Machado



Fonte: Rede de Notícias Regional /Brasília