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Jorginho Mello diz que CPI trouxe avanços


Em mais uma semana de audiências na Comissão Parlamentar de Inquérito que avalia ações e possíveis negligências de governos no enfrentamento à Covid-19, os onze senadores titulares devem ouvir, na próxima terça-feira (18), o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e na quarta (19), o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Nessa semana, após polêmicas entre o relator da CPI, Renan Calheiros, e o senador Flávio Bolsonaro, os parlamentares divergiram as opiniões. 

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), as audiências mostram que o Governo Federal foi negligente durante a segunda onda da pandemia no Brasil. “Eu acredito que a CPI está trazendo constatações importantes para nós. A primeira, a existência de um comando paralelo para o enfrentamento da pandemia. A segunda, de que o governo brasileiro se omitiu na aquisição de novos imunizantes, e que isso teve um custo, que é 426 mil famílias brasileiras despedaçadas”.

Já o senador Jorginho Mello (PL-SC), que também faz parte da Comissão, acredita que os depoimentos mostram a transparência do governo. A prova disso, segundo ele, foi a fala do presidente da Pfizer. “No dia de hoje, o presidente da Pfizer veio dizer que, no governo brasileiro, não tem corrupção e que ninguém pediu propina, diferente dos governos passados, que primeiro era a propina e depois para fazer a compra”. A CPI da Covid-19 começou a ser debatida em março, após o senador Randolfe apresentar, no Congresso Nacional, um requerimento para investigar ações de governos estaduais e possíveis omissões de socorro do Governo Federal.

O foco, primeiramente, foi na falta de oxigênio em hospitais do Amazonas. Atualmente, o que está em pauta é a compra das vacinas. “A linha do tempo que eu indiquei aqui, indicava que em dezembro nós poderíamos ter o imunizante da Pfizer. Quantas vidas não poderiam ser salvas se nós tivéssemos o direito, a partir de 17 de dezembro, que tiveram costa-riquenhos, mexicanos e chilenos de começarem a ser imunizados”.  Já o senador Jorginho Mello diz: “quando é que eles entraram com pedido emergencial de registro na Anvisa? Dia 6 de fevereiro, então essa conversa mole de que eles poderiam ter vendido em 2020 é uma narrativa que querem construir’.

,Os parlamentares já ouviram o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e ex-ministros da pasta, além de representantes de empresas que produzem as vacinas contra a Covid-19. Eles querem ouvir, agora, governadores e prefeitos sobre como o repasse do Governo Federal tem sido utilizado no enfrentamento ao vírus. “Agora nós queremos saber, e o povo brasileiro quer saber, para onde foi a grana que o Governo Federal mandou para os estados. Um comprou os respiradores na casa da maconha, o outro mandou dinheiro para uma boate no Rio de Janeiro, o outro comprou de uma adega de vizinhos de um amigo.

Que cambalacho é esse? É isso que o povo quer saber?”, questiona. Nesta semana, o clima esquentou no Congresso Nacional após o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, não responder alguns questionamentos de Renan Calheiros. Ainda estão previstas a presença de Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, e representantes da Fiocruz.

Por Luis Ricardo Machado



Fonte: Rede de Notícias Regional /Brasília

Crédito da foto: RNR/Brasília