O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, foi lançado em novembro do último ano com a promessa de ser rápido, barato e acessível a toda a população. A adesão vem aumentando mês a mês: veja abaixo a evolução do cadastro de novas chaves, que servem para identificar o usuário dentro do ecossistema.
A popularização do Pix também se traduz em valores: em abril de 2021, foram quase R$ 500 milhões transacionados via Pix no Brasil. O valor é cerca de 27% a mais que em março, e muito acima dos R$ 33,5 milhões registrados em novembro de 2020.
Mas, junto com esse crescimento, também aumentam os golpes envolvendo a ferramenta. O uso mais intenso da internet durante a pandemia fez disparar as tentativas de fraudes e golpes virtuais em 2020. Dados da Apura Cybersecurity Intelligence, empresa especializada em segurança digital, apontam alta de 394% nas ameaças eletrônicas, na comparação com 2019.
Para 2021, a empresa alertou que o Pix exigirá a atenção dos usuários. “É a pandemia: com mais gente e mais dispositivos conectados, existe também mais gente suscetível e vulnerável. Com relação ao Pix, o raciocínio é o mesmo. Começou forte no Brasil, e estamos de olho em grupos de fraudadores”, disse Maurício Paranhos, diretor de operações da Apura.
Diante desse cenário, Gustavo Igreja, diretor de conteúdo multimídia do Banco Central, citou alguns dos golpes ou fraudes mais comuns envolvendo Pix e deu dicas simples de como se proteger de golpes envolvendo o Pix. Confira:
Golpes mais comuns e dicas
Segundo Igreja, as pessoas ainda estão se adaptando ao modelo do Pix, mas os golpes não mudaram. “O que muda com os golpes envolvendo o Pix? Nada. O Pix é novo, mas os golpes são os mesmos de sempre”, explica.
1. Central de atendimento falsa
“Há a central de atendimento falsa: alguém liga oferecendo ajuda para configurar sua chave Pix, ou para executar uma verificação de segurança, ou ainda pedindo acesso remoto ao dispositivo para ajudar a configurar algo. Cuidado. Nunca deixe alguém acessar o dispositivo de forma remota, nem faça nenhum procedimento de segurança. Desligue o telefone”, afirma.
2. Páginas de sites falsas
Outro golpe comum, segundo diretor de conteúdo multimídia do Banco Central, é o da página falsa. É quando o criminoso cria uma página muito semelhante com a original. Mas, quando a vítima coloca os dados, acaba compartilhando-os com o próprio criminoso.
“Golpistas criam páginas falsas ou ligam pedindo senhas e outros dados pessoais que nunca devem ser fornecidos. […] Sempre confira se está na página original antes de fazer o login e colocar seus dados. Ainda, não clique em links envolvendo o Pix recebidos por e-mail, mensagem de texto ou redes sociais. Use somente os canais oficiais do seu banco e nunca compartilhe senhas e logins do banco com terceiros”, explica.
3. Depósitos suspeitos
Um outro exemplo de golpe envolvendo o Pix é o de depósitos suspeitos. Esse tipo de golpe acontece quando alguém pede para que a vítima faça uma transação via Pix para uma conta desconhecida – pedindo ajuda, passando-se por outros contatos ou mesmo ao vender um produto falso.
“Antes de fazer uma negociação online, pesquise o representante em sites especializados e desconfie das ofertas imperdíveis. É estranho, por exemplo, alguém oferecer uma geladeira nova por 20% do valor que ela é vendida em uma loja normal”, exemplifica Igreja. Além disso, sempre verifique os dados do destinatário do Pix, para garantir que você realmente quer enviar o dinheiro para essa pessoa.
O InfoMoney já fez uma reportagem sobre segurança e fraudes no Pix. Para tirar mais dúvidas, clique aqui.
Fonte: Info Money