Desde o começo deste ano, a nova gestão das Termas de Marcelino precisou realizar a adequação de caixa, com o desligamento de parte dos seus colaboradores. Trabalhadores com anos de casa e outros foram demitidos, um enxugamento de pessoal na casa dos 30%. As mudanças, foram necessários segundo a empresa, já que o principal produto, que é o turista, já não frequentou mais o Balneário, por conta das medidas restritivas e a pandemia. “O turista que é o nosso consumidor ele não veio, mesmo tendo limitações de 50%, tempos de 25%, o turista não vinha. A gente tem que ter noção que deixou de entrar muito dinheiro na nossa companhia” destaca Joelson Medeiros. O administrador estima que, só de venda de entradas, a empresa tenha deixado de arrecadar 4 milhões de reais.
Outro ponto explicado por Joelson é de que, o programa BEm, que ajudava as empresas no ano passado, não alcançou empresas de economia mista. “Os funcionários eles entram através de processo seletivo, porém ela tem todos os encargos como se fosse uma empresa normal. O que que acontece: foi fechado: diferentemente de todas as outras empresas, teve aquele benefício do governo. O que que eles podiam fazer? Afastar os funcionários por um tempo e o governo bancava o salário e depois, eles retornavam, trabalhavam com uma carga reduzida e com porcentagem do salário. A companhia não foi contemplada por este sistema” finaliza Medeiros.
Todos os funcionários foram submetidos a notas de avaliação, levando em consideração uma série de quesitos. Com todos se aproximando do mesmo resultado final, a decisão em dispensar uma parte ficou extremamente difícil para a diretoria. Todos os demitidos receberam os direitos trabalhistas. Os que permaneceram, sofreram redução de carga horária e salário, em acordo com o sindicato da categoria. A ideia da Companhia é, de que, em períodos de grande movimentação, retomar a carga horária e salário dos atuais funcionários e promover processos seletivos com contratos temporários.
Sobre a construção de obras, a atual diretoria do Balneário interrompeu as intervenções começadas pela gestão que esteve a frente da empresa, de 2017 a 2020, com perspectivas da falta de retorno, optou-se por paralisar as do centro administrativo, com uma nova programação das obras da piscina. Para esta última, havia dinheiro em caixa.
Já o secretário de administração de Piratuba, Giovani Gelson Meneghel, tinha como previsão a retomada em ritmo normal do parque termal no último trimestre do ano passado e não foi o que aconteceu. O responsável pela pasta lembrou que, o município tomou medidas, como prolongar a cobrança de alguns impostos, e neste ano, anunciou o parcelamento do IPTU para ajudar as famílias neste momento, que segundo ele, é dificílimo.
“No ano passado nós estávamos preparados pro festival de danças, pro natal, pro Kerb, mas não houve a retomada. Houve em pequena escala de turistas. Nós já estamos com ações fortalecidas, o plano de turismo já vai ser elaborado, o SEBRAE já está contratado, um plano de 10 anos. A sociedade vai ser ouvida” explica Giovani.
Fonte: Rádio Piratuba