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Pecuarista do Oeste de SC leva susto com bichos estranhos no interior


07/04/2021 - O pecuarista e empresário Joracir Piroca, de 53 anos, levou um susto ao chegar em sua propriedade localizada na linha Fuzil, no interior do município de Flor do Sertão, no Oeste de Santa Catarina.

Isso porque se deparou com três animais um tanto quanto inusitados e diferentes. “Eu nunca tinha visto, por isso me assustei”, disse. 

À primeira vista os animais pareciam com cachorros um pouco diferentes dos já conhecidos pelo pecuarista. “Quando me aproximei achei eles bem diferentes e pensei que não eram cachorros”, relatou. 

Os animais tinham as orelhas pontudas e o rabo fino e comprido, parecido com o de ratões-do-banhado e a pelagem era curta e rala. O produtor rural se aproximou e até tentou chamá-los. De imediato eles não fugiram, mas também não chegaram mais perto. 

No vídeo gravado é possível ver os animais andando em meio ao mato tranquilamente. “Foi a primeira vez que vi animais desse tipo na região. Por achá-los diferentes, filmei e registrei as fotos. O vídeo viralizou e chamou atenção”, contou.

Veja o vídeo:


Mas o que eram esses animais? 

De acordo com o biólogo Jackson Preuss, os animais flagrados no vídeo são silvestres. “Se trata de cachorros-do-mato pertencentes à espécie Cerdocyon thous.

Eles estão com as características alteradas, principalmente na pelagem, porque estão acometidos por uma doença bem grave que é a sarna”, explicou.

Preuss esclareceu que, provavelmente, eles tiveram contato com animais domésticos que tinham essa patogenia e passaram para os animais silvestres. “Já temos registros na literatura de outros canídeos que contraíram sarna, como é o caso do lobo guará, por exemplo”.

O biólogo ressaltou que esses animais não devem ser mortos, uma vez que qualquer contato mais próximo apresenta perigo de zoonoses, mas eles também são protegidos por lei.

“Maltratar e matar qualquer animal silvestre se configura como crime. O adequado era que algum órgão ambiental, se conseguisse, recolhesse esses animais para o tratamento adequado e depois soltura no ambiente natural”, acrescentou. 



Fonte: ND+