A empresária Queise Weingaertner, de 37 anos, de Blumenau teve uma grata surpresa ao sair da clínica onde realizou a última sessão de quimioterapia, na última quinta-feira (22). O marido dela, André Correa, de 42 anos, decorou com o carro com balões e a frase “minha última quimioterapia” para celebrar o término do tratamento contra o câncer de mama enfrentado pela mulher.
"Fiquei sem ação, não sabia se ria ou chorava de alegria [quando viu a surpresa]. Uma mistura de sentimentos. Foi inesquecível, inexplicável. Só quem passa por um tratamento de câncer sabe o quão difícil e doloroso é a quimioterapia", disse Queise.
André contou com a ajuda da sogra e de uma funcionária da clínica onde a mulher estava para organizar a surpresa. No carro, enquanto percorriam o trajeto entre a clínica e a residência, Queise e André receberam diversas buzinadas “do bem”, aplausos e parabéns vindos de pessoas em outros veículos e na rua.
"Fiquei extremamente surpresa com a receptividade das pessoas na rua, buzinas, pessoas baixando o vidro do carro para parabenizar o final do tratamento", disse.
O casal está junto há oito anos e tem um filho de seis. Ela conta que o apoio do marido e da família foi fundamental desde que soube do nódulo maligno e para enfrentar as 12 sessões de quimioterapia. "É um desafio, acho que um dos tratamentos mais dolorosos, porque mexe muito com o organismo e emocional", conta. O tumor diminuiu de tamanho e em breve a catarinense passará por uma mastectomia das duas mamas para garantir que o câncer não volte mais.
Descoberta do câncer
Em setembro de 2020, Queise estranhou a presença de um nódulo em um dos seios e procurou o ginecologista. No exame de imagem, a médica informou que seria necessária uma biópsia. "Ali foi meu primeiro baque. Tudo foi muito rápido, logo descobri que era maligno e que havia grande probabilidade de alastramento pelo corpo", disse.
A empresária conta que durante as 12 sessões de quimioterapia, os efeitos colaterais do procedimento tiraram sua energia para trabalhar. "Sou muito ativa, temos comercio o pior pra mim foi eu querer fazer as coisas e meu corpo não conseguia, aí você tem que se render as dores dos efeitos colaterais", lembra.
Com o apoio da família, ela afirma que o pior já passou. Queise vai fazer a mastectomia das duas mamas, já que o seu tumor, segundo ela, se desenvolveu através de um descontrole hormonal. E o risco de retorno, neste caso, é grande.
Queise conta que espera que a sua melhora e a surpresa que recebeu do marido motive outras pessoas que lutam contra o câncer. "Tenham muita fé. Pensamento positivo e sempre um sorriso no rosto. Nunca deixe de fazer aquilo que está com vontade de fazer. Um dia de chuva você não está bem, mas logo, logo o sol aparece e tudo vai ficando melhor", afirma.
Fonte: G1/ SC