A história que vamos contar trata de uma situação triste, mas também sobre esperança, fé e amor. Ela está acontecendo em meio a um dos momentos mais difíceis da humanidade, nestes dias em que as incertezas e o medo são grandes, mas é quando devemos acreditar que milagres acontecem! É com a esperança em um milagre que a família de Mayara De Queiróz Rech, 19 anos, vive e se apega.
Esta reportagem busca acima de tudo fazer com que muitas pessoas se unam em oração, cada uma a sua maneira, para que uma mãe possa viver ao lado da sua primeira filha, que nasceu quando ela foi internada com um quadro gravíssimo da Covid-19.
Uma vida nascendo e outra lutando pela vida!
A Mayara mora em Joaçaba e é casado com o Franklin, eles estavam esperando com muita expectativa a pequena Sophia. No dia 29 de março, Mayara e o marido acabaram contraindo a Covid-19, nos primeiros dias ficaram em isolamento em casa, sem maiores preocupações, mas no dia 02 de abril Mayara começou a ter dores no corpo, dor de cabeça mais frequentes e muita falta de ar. Diante do quadro, ela precisou ser encaminhada ao Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST). Por duas vezes os exames diziam que o líquido amniótico estava diminuindo, mas ela acabava voltando para casa.
No dia 5 de abril, no retorno ao HUST, uma ultrassom mostrou mais uma vez que o líquido amniótico continuava diminuindo, mas, segundo os médicos, os pulmões estavam bem. Já a mãe precisava de internação e de um UTI neonatal para um possível parto prematuro.
Por falta de leitos em Joaçaba, Mayara foi transferida no dia 6 de abril para o Hospital Regional do Alto Vale, em Rio do Sul. Ao chegar, uma tomografia mostrou que seus pulmões estavam com aproximadamente 80% de comprometimento pela Covid. O caso era delicado e foi feito uma cesárea de emergência no mesmo dia. A pequena Sophia nasceu com 35 semanas, forte e saudável, precisou ficar alguns dias internada na UTI neonatal, felizmente sem maiores riscos e ficou em isolamento até receber o resultado do teste da Covid, que para a felicidade e alívio da família foi negativo.
Quanto a mãe, o momento especial de pegar a filha nos braços não aconteceu ainda, pois ela esteve sedada o tempo todo durante o parto. Mayara conheceu a filha no dia seguinte ao nascimento, mas somente por chamada de vídeo.
A família respirou um pouco aliviada, mas a partir daquele momento começava uma nova luta, a da Mayara contra as complicações da doença.
"A Sophia logo recebeu alta, já está em casa sendo cuidada e amada pela família. A Mayara, desde o parto, encontra-se na UTI intubada e acabou sendo sedada na semana passada. Seu caso é grave pelos pulmões estarem bem debilitados. Ela teve mais complicações além da Covid e acabou desenvolvendo um quadro de pneumonia". Comenta a irmã de Mayara, Mariana.
Os dias são de orações e de acreditar que aos poucos Mayara reaja e que em breve tudo não passe de uma lembrança ruim. Agora, a família pede apenas que todos mandem boas energias para ela poder se recuperar e voltar para casa.
"Nós da família pedimos para que incluam ela em suas orações, temos fé que ela irá sair dessa e poder conhecer e pegar no colo sua tão sonhada filha. Pedimos também a todos, não achem que esta doença é brincadeira que só trás danos maiores aos idosos, pois não é bem assim. É uma doença triste, onde você não pode nem visitar um familiar, essa doença devasta todos da família, é uma luta diária". Encerra Mariana.
Fonte: Éder Luiz