O presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmando o compromisso do Brasil em proteger o meio ambiente, combater a alteração climática e promover o desenvolvimento sustentável.
Bolsonaro definiu metas de preservação do meio ambiente, que devem ser apresentadas nos próximos dias 22 e 23 de abril, na Cúpula de Líderes sobre o Clima. Para o juiz de Direito da Vara de Meio Ambiente do Distrito Federal, Carlos Frederico Maroja de Medeiros, este aceno do governo brasileiro é um sinal positivo, já que o Brasil não tem dado muitos exemplos de preservação ambiental. “Notícia excelente, porque acena para uma preocupação dos Estados Unidos, indubitavelmente um país muito relevante, muito influente, sobre a questão ambiental, que infelizmente não está sendo bem equacionada no nosso país. O Brasil não é uma potência bélica, não é uma potência econômica, mas é, sem dúvida, uma potência ambiental e francamente está se descuidando de suas responsabilidades”.
Para o especialista em regulamentação da biotecnologia, Reginaldo Minaré, com esta carta de Bolsonaro encaminhada ao presidente dos Estados Unidos o Brasil começa a se alinhar de forma científica e não ideológica com o mundo. “Essa carta, acredito que pode servir para construir um entendimento entre o governo brasileiro e com esta transição que foi feita nos Estados Unidos. É uma pauta mundial. Por mais que tenha alguns focos de resistência no Brasil, essa é uma pauta mundial. O mundo quer essa política mais verde, essa política de preservação, e o Brasil fará muito bem ao se alinhar a esse tipo de política”, ressalta. Reginaldo Minaré completa dizendo que o país não precisa mais desmatar. De acordo com ele, é necessário apenas migrar algumas áreas de pastagens para o setor agrícola. “Grandes áreas de plantio, você precisa para grãos, e o Brasil já tem um grande volume de área.
A pecuária pode ceder muita área para a agricultura. Isso fará um benefício, porque vai recuperar essas áreas que não tem uma pastagem de excelente qualidade, para a Amazônia, e eu acredito, principalmente, que para o povo que mora na Amazônia, pois será um incentivo ao desenvolvimento, para a biotecnologia. A bioeconomia pode ser até mais interessante que outras alternativas. Eu acredito que cabe ao governo brasileiro negociar bem, não só com os Estados Unidos, mas com o mundo que quer esse tipo de política”. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nessa quinta-feira (15) que o governo trabalha para derrubar, pouco a pouco, os índices de desmatamento ilegal na Amazônia até zerar a prática no ano de 2030. Hamilton Mourão é o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal.
Fonte: Rádio Tropical FM