Uma mega operação realizada pela Polícia Federal de Lages, resgatou dezoito pessoas que estavam submetidas a trabalho análogo à escravidão, que foram resgatadas de uma propriedade na localidade Campestre da Serra, no Rio Grande do Sul.
Os trabalhadores eram 16 homens e duas mulheres e todos eram moradores de Curitibanos que foram aliciados no mês de outubro , por duas pessoas sendo mãe e filho para trabalhar na colheita e beneficiamento do alho.
Eles foram aliciados com a falsa promessa de que receberiam um valor diário pelo serviço, alojamento adequado e teriam a carteira de trabalho assinada.
Mas, quando chegaram a Campestre da Serra, foram colocados em um alojamento precário, tiveram os documentos retidos e obrigados a trabalhar sem receber pagamento algum.
Eles trabalharam em lavouras de alho e, eventualmente, na colheita de cebola, beterraba, cenoura e uva em propriedades rurais de Antônio Prado, onde ocorreu a inspeção, e Flores da Cunha.
Além de não pagar pelo serviço, os aliciadores forneciam aos empregados alimentos, bebidas e produtos de higiene e cobravam deles valores superiores aos de mercado, até mesmo drogas ; fazendo com que eles contraíssem dívidas que não tinham como pagar.
Todos os trabalhadores tinham menos de 30 anos e ensino fundamental incompleto.
A operação de resgate teve início no dia 23 de fevereiro e terminou nesta terça-feira, 2.
A exploração ocorreu por quatro meses, até que o caso foi descoberto pela Polícia Federal de Lages, que acionou o Grupo Especial.
A operação foi coordenada pelos auditores fiscais do trabalho, Ministério Público e Defensoria pública da União da Polícia Federal de Lages.
Com informações Grupo de Notícias SC